Rio -  O presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, subiu o tom em nota divulgadanesta segunda-feira. O recado é claro: o PMDB do Rio “não abrirá mão da eleição de Luiz Fernando Pezão em 2014”.
Mas, depois de afirmar que é “fundamental para o Brasil e muito importante para o Rio a reeleição da presidenta Dilma Rousseff”, a nota diz nas entrelinhas: “O cenário de palanque duplo para a presidenta Dilma no Rio não se sustenta.”
O “palanque duplo” é uma referência à pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e Jorge Picciani, em entrevista, explicou: “É um alerta para o PMDB nacional e para a direção nacional do PT.” Em miúdos: se ninguém se mexer para tirar Lindbergh de cena, Dilma poderá não ter o apoio que espera do PMDB no Rio.
A nota lembra: “Em 2010, no primeiro turno, o povo do Rio deu 67% dos votos ao governador Sérgio Cabral. No segundo turno, 70% dos votos foram da presidenta Dilma.” E Jorge Picciani aconselhou: “Cada um que arque com as consequências de suas atitude.”
Lindbergh preferiu lembrar que sua pré-candidatura foi aprovada por unanimidade pela executiva regional do PT. Mas provocou: “Está pegando mal. Chega desse negócio deganhar eleição por W.O.. Tem que deixar o povo decidir.”