Rio -   
É uma forma muito antiga de obter empréstimo. No penhor, o solicitante deixa como garantia joia, metal nobre, utensílios e objetos não perecíveis de valor. E agora peças de prata também são aceitas. É possível receber até 130% do valor da garantia na forma de empréstimo. Com poucas exigências, baixa burocracia e custo atrativo, o penhor voltou a ser uma forma de conseguir recursos rápida quando o bolso fica ‘apertado’.
 
Por Alexandre Canalini
 
PERGUNTA E RESPOSTA
 
Estou com uma dívida com o banco que não consigo pagar. Meu nome já foi enviado a entidades para registro de inadimplência. Minha dívida continua crescendo, tenho somente algumas joias deixadas como herança que podem me ajudar a pagar as dívidas. Como faço para ter o empréstimo com esses bens? 
>Claudio, Tijuca
 
No seu caso, o penhor é a melhor forma para saldar as suas dívidas e deixar esse momentofinanceiro delicado. Com custo baixo em função de uma garantia real apresentada e pouca burocracia, é uma modalidade interessante.
 
É preciso procurar uma agência da Caixa Econômica Federal que trabalhe com o penhor. Leve documento de identidade, CPF, comprovante de situação regular com a Receita, comprovante de residência e o bem que pretende penhorar. As joias dadas em garantia servirão como lastro para obter um empréstimo de até 130% do valor do bem.
 
A liberação do crédito é ágil, não há análise cadastral e não há exigência de que seu nome não esteja inscrito em qualquer cadastro de inadimplente. O penhor tem custo pré-fixado bem atrativo, mais interessante do que as principais modalidades de empréstimo, e você poderá pagar no período de até 180 dias.
 
Se a situação financeira melhorar e você decidir antecipar o pagamento do penhor, terá a possibilidade de pagar juros proporcionais ao período que esteve com o empréstimo. 
 
Alternativamente, você poderá renovar o empréstimo mediante pagamento dos juros e da tarifa.
No final do prazo do empréstimo, você devolverá os recursos e o banco restituirá o bem dado como garantia. Aproveite o baixo custo, a agilidade e o seu bem oferecido como garantia para conseguir um bom financiamento.
 
Alexandre Canalini é professor de Finanças da FGV