Rio -  A escolha das equipes que representarão o Brasil, este ano, na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) vai reunir 195 alunos de diversas regiões do país. A primeira fase aconteceu pela internet e o último exame será presencial no próximo sábado, dia 16 de março. A IOAA acontecerá na cidade de Vólos, na Grécia e a OLAA, em Cochabamba, na Bolívia.

Os candidatos são selecionados através das pontuações obtidas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) do ano anterior e recebem material didático com todo o conteúdo que será cobrado nas provas, que vai desde conhecimentos gerais de física e de astronomia, como, por exemplo, visão espacial e geometria esférica, até habilidades práticas com manipulação de dados astronômicos experimentais, tabelas e gráficos, além de raciocínio lógico e criatividade.

Os participantes são de 21 estados: Acre (1), Alagoas (1), Bahia (3), Ceará (17), Distrito Federal (5), Espírito Santo (3), Goiás (3), Maranhão (2), Minas Gerais (24), Pará (4), Paraíba (2), Paraná (12), Pernambuco (10), Piauí (7), Rio de Janeiro (11), Rio Grande do Norte (1), Rio Grande do Sul (5), Rondônia (1), Santa Catarina (4), São Paulo (74) e Sergipe (5).

O processo está sendo realizado pelo astrônomo Dr. Jaime Fernando Villas da Rocha e conta com a colaboração de um grupo de ex-alunos medalhistas que compõem o Corpo de Criação e Desenvolvimento (CCD) da OBA. São eles que elaboram e corrigem as provas de seleção de equipes para os desafios internacionais e latino-americanos.

As provas acontecerão em diversas cidades, como, por exemplo, Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campinas (SP), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

A OBA, que já conta com quase 5 milhões de participantes, é destinada a alunos dos ensinos fundamental e médio. Em 2012, a olimpíada reuniu cerca de 800 mil estudantes e 64 mil professores de aproximadamente 9 mil escolas das redes pública e particular de todo Brasil e distribuiu mais de 32 mil medalhas.

Segundo o Dr. Prof. João Canalle, coordenador nacional do projeto, a atividade serve como uma ferramenta motivadora aos estudantes, com o objetivo de despertar interesse pela astronomia. “As olimpíadas científicas surgem também com o intuito de atrair não só os jovens, mas também os futuros mestres em astrofísica, e instigá-los a seguir carreira na área de ciências espaciais.”, reforça.

Organização

A IOAA é reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) e exige que cada país se comprometa a sediar uma edição da olimpíada, arcando com todas as despesas relativas ao evento, que recebe apoio de diferentes setores da sociedade.

Fundada na cidade de Montevidéu, Uruguai, a OLAA acontece desde 2009 e é coordenada por astrônomos de vários países. Já a OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). O grupo responsável é constituído pelos astrônomos João Batista Garcia Canalle (UERJ), Thaís Mothé-Diniz (UFRJ), Douglas Falcão (MAST/MCTI), Jaime Fernando Villas da Rocha (UNIRIO) e pelo engenheiro aeroespacial José Bezerra Pessoa Filho (IAE).