Rio -  O deflagrar da sucessão estadual é irreversível. Os candidatos estão definidos e em campanha; as composições marcham, e o povo a tudo acompanha com interesse, uma vez que há conquistas a serem preservadas.
O deputado Anthony Garotinho, ex-prefeito de Campos e ex-governador, saiu primeiro e procurou montar bases no interior, participando intensamente das eleições do ano passado. Tem um perfil populista ao qual pretende consolidar ao lado do de evangélico. Seu governo e o de sua mulher, Rosinha, foram marcados pela permanente busca do voto, não tendo deixado nenhum projeto de vulto para a economia nem para a qualidade de vida da população. Foram obras pontuais, para atender este ou aquele reduto eleitoral. Na nossa avaliação, chegará em terceiro lugar.
O senador Lindbergh Farias é o mais carismático, dono de grande poder de atração pessoal, sabe fazer campanha. Mas não soube governar Nova Iguaçu, um dos poucos municípios em que perdeu quando concorreu ao Senado. Foi vítima de amigos que o comprometeram, como no caso dos desvios de recursos do fundo dos funcionários do município — um deles, seu companheiro desde o tempo de UNE. Este caso e mais alguns podem lhe criar dificuldades legais. É possível que, para garantir legenda, venha a trocar o PT pelo PSB, garantindo o palanque de Eduardo Campos no estado. Candidato perigoso, que deve disputar o segundo turno.
O vice-governador, Pezão, é o indicado pelo governador, Sérgio Cabral, pelo prefeito Eduardo Paes, pelo senador Francisco Dornelles e pela maioria dos prefeitos do interior, que lidera desde que foi prefeito de Piraí. Inclusive o de Niterói, que é do PT, e o de Caxias, que é do PSB. É ainda pouco conhecido na capital, mas os formadores de opinião sabem que é homem do trabalho, discreto e sério. Seria o favorito lá na frente. A presidenta Dilma não esconde sua admiração por ele.
Os candidatos a vice é que vão surgir de alianças. Foi dada a partida!
Jornalista