Contagem (Minas Gerais) -  Pela primeira vez, o Ministério Público revelou, na madrugada deste quarta-feira, que Bruno Souza estava presente no trajeto que levou Eliza Samudio para a morte. Segundo a promotoria, o goleiro saiu de seu sítio, em Esmeraldas, dirigindo o New Beetle amarelo. Na Range Rover, Macarrão, Sérgio, Eliza e Bruninho também seguiram do encontro com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola (que estava em uma moto), na região da Pampulha, até a casa do acusado de executar a ex-amante de Bruno, em Vespasiano, região de Minas Gerais.
Foto: Divulgação / TJMG
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Essa é a hipótese que a promotoria irá abordar para os jurados no julgamento do jogador que está acontecendo no Tribunal do Júri de Contagem. O que alertou o MP dessa acusação foi um depoimento do Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, que foi assassinado no ano passado.
Na mesma linha, o promotor Henry mostrará que os telefones de Jorge e Dayanne se comunicaram na noite do dia 10 de junho de 2010. Para ele, Jorge não teria motivos reais e nem relevância para falar com a ex-mulher do goleiro nesse momento.

No depoimento desta terça-feira à tarde, a mãe das filhas do atleta negou que tivesse recebido uma ligação de Jorge naquela noite. Enquanto isso, Macarrão, portando seu celular, falava várias vezes com o Bola, conforme consta no cruzamento das antenas telefônicas dos dois. Ou seja: para o Ministério Público, Bruno, que estava com Jorge, ligou para Dayanne do aparelho do primo ao entregar Eliza Samudio para a execução.
De volta ao sítio em Esmeraldas, também de acordo com o depoimento prestado nesta terça-feira por Dayanne, o New Beetle amarelo era dirigido por Flavio Caetano, que teria ido levar Dayanne e Jorgeane ao hospital.

Mas o MP diz que é mentira e, efetivamente, quem estaria dirigindo o carro amarelo era Bruno, com base nos registros de entrada na portaria do condomínio do sítio em Esmeraldas. Ainda segundo este relatório, Bruno chegou ao sítio no New Beetle amarelo cinco minutos antes de Macarrão voltar com Sérgio Rosa Sales na Range Rover.
Defesa tenta redução de pena
Os advogados de defesa irão trabalhar amanhã com a hipótese do jogador confessar parte do crime para ter uma pena entre 9 e 10 anos, quando o máximo seria de 41 anos. As informações são do advogado Lúcio Adolfo.