Casa de Machado de Assis pode virar centro cultural
Vereadora, historiador e Instituto do Patrimônio da Humanidade discutem o assunto
POR | CONSTANÇA REZENDE PALOMA SAVEDRA |
Fachada da casa onde viveu o escritor Machado de Assis na infância: imóvel pode se transformar em centro cultural | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Além disso, solicitará audiência pública com o presidente do Instituto Rio Patrimônio da humanidade, Washington Fajardo, para que, na ocasião, o historiador Milton Teixeira apresente as evidências de que lá morou o maior escritor brasileiro.
Conforme O DIApublicou, com exclusividade, no dia 20 de fevereiro, a casa é ocupada por seis famíliascarentes. Segundo a vereadora, se o imóvel for público, a saída dos moradores — mediante oferta de realocação ou indenização — será mais fácil. Com isso e o reconhecimento da importância histórica do imóvel, Laura pedirá urgência na votação do projeto.
“Vou pedir a audiência e levar o Milton, para que ele apresente as evidências. Também conversei com o secretário de Cultura, Sérgio Sá Leitão, que ficouanimado. Ele acha que se comprovarmos, vai ser um golaço transformar a antiga casa de Machado em centro cultural”, declarou ela, que acredita que o imóvel é público: “Se fosse privado, o dono iria se preocupar em reavê-lo”.
Há quatro décadas no espaço, a catadora de latinha Neuza Rodrigues, 62 anos, está acostumada com curiosos pela casa. Ela e outros moradores afirmam que aceitariam sair de lá, se forem para a Região Central:
Conforme O DIA
Há quatro décadas no espaço, a catadora de latinha Neuza Rodrigues, 62 anos, está acostumada com curiosos pela casa. Ela e outros moradores afirmam que aceitariam sair de lá, se forem para a Região Central:
“Não vamos para longe. Trabalhamos por aqui e eu, por exemplo, faço tratamento médico aqui do lado”, afirmou. “Não tenho condições de trabalhar, morando longe”, completou outro morador, Paulo Roberto de Souza, 51.
Reportagem do DIA gerou a discussão sobre o tema
O tombamento e a restauração do possível casarão onde Machado de Assis teria nascido ficou mais próximo após as publicações do DIA, denunciando o descaso dos poderes públicos com o patrimônio histórico.
Reportagem do DIA gerou a discussão sobre o tema
O tombamento e a restauração do possível casarão onde Machado de Assis teria nascido ficou mais próximo após as publicações do DIA, denunciando o descaso dos poderes públicos com o patrimônio histórico.
O historiador Milton Teixeira, que relatou a situação, disse que com a primeira publicação do caso foi procurado por diversos órgãos, como a Academia Brasileira de Letras (ABL) e Câmara dos Vereadores.
“A vereadora Laura Carneiro me disse que fez um projeto de lei baseado nas minhas declarações ao DIA. Já a ABL me ligou para expôr minha pesquisa à Casa, embora não tenha fixado data. Com toda essa pressão, vamos conseguir o tombamento. Uma luta que começou com O DIA, não se pode negar”, disse.
Laura espera que, depois da repercussão do caso, o tombamento será mais fácil. “Com a matéria, tive o conhecimento dos fatos revelados por Milton. Nenhum deputado vai se opor a tombar a casa onde viveu Machado. Ela estava abandonada porque ninguém sabia”, declarou Laura.
“A vereadora Laura Carneiro me disse que fez um projeto de lei baseado nas minhas declarações ao DIA. Já a ABL me ligou para expôr minha pesquisa à Casa, embora não tenha fixado data. Com toda essa pressão, vamos conseguir o tombamento. Uma luta que começou com O DIA, não se pode negar”, disse.
Laura espera que, depois da repercussão do caso, o tombamento será mais fácil. “Com a matéria, tive o conhecimento dos fatos revelados por Milton. Nenhum deputado vai se opor a tombar a casa onde viveu Machado. Ela estava abandonada porque ninguém sabia”, declarou Laura.
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