Rio -  Quem mora no Rio de Janeiro não escapa do calor. Portanto, orientam especialistas, vale a pena investir em um lar ‘refrescante’. Ambientes fechados e quentes podem aumentar a sensação térmica, provocando desconforto e até complicações à saúde, alerta o clínico-geral Luís Fernando Correia, do Hospital Samaritano.
“Além de causar uma sensação de bem-estar, controlar o calor é importante para manter os mecanismos vitais funcionando regularmente”, alerta Luís Fernando. Segundo ele, estar em locais muito quentes pode acarretar queda de pressão, perda de líquidos e aceleração dos batimentos cardíacos.
designer de interiores Cláudia Pimenta avisa: “A palavra é ‘esvazie’. Almofadas, mantas e objetos demais acumulam calor e ácaros”. Ela também aconselha apostar nas plantas, pois aumentam a umidade do ar, refrescando o ambiente. “O Pau D’Água, por exemplo, aguenta altas temperaturas, além de ser muito decorativo”, sugere.
Para forrar o sofá, deve-se evitar o couro sintético, que cola na pele, e trocá-lo por capas de brim ou sarja. Além disso, cortinas de tecido fino transparente dão um toque mais leve à casa, na opinião da decoradora Patrícia Ginefra. No chão, pisos de porcelanato ou mármore são o ideal, por serem frios e não acumularem poeira. E, nas paredes, cores pastéis ajudam a refletir a luz, ao invés de absorvê-la.
Para o médico Luís Fernando, aumentar o número de banhos, beber muitos líquidos e, principalmente, fazer o ar circular são atitudes essenciais para atenuar o clima abafado. “A movimentação do ar aumenta quando são abertas duas janelas opostas”, orienta a decoradora Patrícia. “Atenção aos ventiladores: se a temperatura do ar estiver acima de 36ºC, eles apenas espalham o calor”, complementa Cláudia.
Cansaço, indisposição, falta de apetite e tonturas são sintomas comuns em dias de muito calor. De acordo com o médico Luís Fernando Correia, isso ocorre porque o clima quente expande o calibre das veias, fazendo com que a pressão sanguínea baixe.
A perda de líquidos e a aceleração dos batimentos decorrentes do aumento da temperatura corporal geram riscos a idosos e cardíacos, podendo causar sobrecarga de coração, rins e cérebro. “As pessoas se preocupam com a exposição solar, mas quem está longe do sol continua sob risco. Por isso, é preciso estar atento aos espaços cobertos”, alerta Luís Fernando.