Contagem (Minas Gerais) -  A tática do silêncio adotada por Bruno para escapar de perguntas que o complicassem foi por água abaixo quando os jurados entraram em ação. Eles fizeram marcação cerrada e sob pressão no jogador. Um deles formulou oito perguntas. Ele quis saber por que Bruno não delatou Macarrão logo após ele ter levado Eliza para morte.
“Senti medo por mim, pelas minhas filhas por causa das pessoas que estavam envolvidas no crime”, respondeu Bruno, que fez questão de enfatizar ainda que tem medo de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, assim como a sua ex-mulher Dayanne do Carmo, que também é ré no processo por sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho de Eliza.

Bruno chora durante depoimento | Foto: Divulgação
Bruno chora durante depoimento | Foto: Divulgação
Outro jurado questionou se Bruno havia colocado uma arma na cabeça da ex-amante. “Arma na cabeça, não. Mas ela me agrediu com um tapa e revidei”, justificou. O jogador se recusou a responder as 33 perguntas do promotor Henry Vasconcelos, e 64 do advogado Ércio Quaresma, de Bola. Neste período, o atleta deixou o plenário.
Estratégia
“O Bruno já sabe que está condenado. Então, a estratégia é a de conseguir redução de pena. Houve acordo para pegar o meu cliente”, debochou Quaresma, que cumprimentou a cadeira vazia do réu, como se Bruno lá estivesse.
Hoje, o promotor e os advogados de Bruno vão para o debate no júri. Eles apresentarão as argumentações aos jurados durante cinco horas. Outras quatro poderão ser usadas para réplica e tréplica. O julgamento começa às 9h. A previsão é a de que a sentença saía no início da noite. “O Bruno é réu confesso e não tinha que enfrentar o promotor”, afirmou Lúcio Adolfo advogado do ex-craque.

Terceiro dia de julgamento de Bruno

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Bruno, cabisbaixo, senta no banco dos réus
Atleta sofre nova derrota na Justiça
Bruno de Souza sofreu mais uma derrota na Justiça ontem. A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o pedido de habeas corpus do goleiro para responder a acusação de envolvimento na morte de Eliza em casa. O advogado Lúcio Adolfo alegou que o réu estaria sofrendo constrangimento ilegal por estar preso há mais de dois anos.
O defensor de Bruno pediu também prisão domiciliar para o goleiro. Assim, ele poderia voltar a jogar. Bruno recebeu proposta do time Boa Esporte Clube, de Varginha, Sul de Minas, como O DIA publicou há duas semanas. A defesa do goleiro sofreu 67 derrotas na Justiça de Minas. Os advogados esperam ainda que o Supremo Tribunal Federal decida se Bruno pode jogar no clube.