Defensor teme 'banho de sangue' na Aldeia Maracanã
POR CHRISTINA NASCIMENTO
Os indígenas prometem resistir. O defensor público federal Daniel Macedo, titular do 2º Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva, que entrou com recurso para tentar reverter a decisão de despejo, disse que teme “um banho de sangue”.
Casais de diferentes etnias se uniram nesta segunda-feira em cerimônia na aldeia | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
O estado promete construir Centro de Referência na Quinta da Boa Vista e criar o Conselho Estadual dos Direitos das Populações Indígenas. Mas não falou em datas. Enquanto esses projetos não saem do papel, os índios ficariam num Hotel Popular ou receberiam aluguel social.
Nesta segunda-feira, a todo momento, chegavam informações de que o Batalhão de Choque estaria a caminho para fazer a desocupação. Por causa disso, a entrada da aldeia foi fechada com barricada.
Apesar do risco de confronto, dois casamentos foram celebrados num salão antigo do prédio do Museu do Índio. Da tribo Waiwai, do Pará, Kaiah, 23 anos, se juntou a Márcia, 27, que pertence à etnia Guajajara, do Maranhão. Da mesma tribo, é Uratu, 51. Ele se uniu a Potira, 43, que é uma Krikati. Pela tradição, a festa dura dois dias.
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