Depoimento selará destino de Bruno
Ex-goleiro poderá hoje confessar crime ou culpar ex-policial Bola
POR | ADRIANA CRUZ VANIA CUNHA |
“Acusar o Bola reduziria a pena dele”, admitiu Lúcio Adolfo, advogado de Bruno.
Bruno é cumprimentado por Quaresma, seu ex-advogado e atual de Bola | Foto: Aline Freire / Agência O Dia
Outra expectativa da defesa é o julgamento do pedido de prisão domiciliar do ex-atleta, hoje, no Tribunal de Justiça de Minas. Se for atendido, ele iria para casa e voltaria ao júri amanhã para o veredicto do caso Eliza, onde pode ser condenado até 41 anos de prisão.
Ontem, duas pessoas foram ouvidas. Uma delas, na condição de informante (sem compromisso com a verdade), foi Célia Aparecida Rosa, prima de Bruno. Ela admitiu que mentiu em depoimento à polícia.
Na audiência, o momento mais impactante foi quando o promotor Henry Vasconcelos apresentou vídeo de quase duas horas. Em um deles, Eliza dizia que, se fosse morta, Bruno seria o responsável. A mãe dela, Sônia Moura, passou mal e deixou o plenário por mais de uma hora. Ela se revoltou por Célia ter dito que Eliza teria feito polenta no sítio do goleiro.
“Ela não sabia cozinhar”.
Imagens do 2º dia de julgamento de Bruno
Bruno conversa com o advogado Lúcio Adolfo
Ex-mulher diz ter feito o que Bruno pediu
Acusada de sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do goleiro, Dayanne do Carmo, ex-mulher de Bruno, começou a ser interrogada no início da noite de ontem. Sem aparentar nervosismo, ele reafirmou que cuidou do menino a pedido do jogador e que ele não queria que o garoto se chamasse Bruno.
Dayanne garantiu que, durante o período que viu Eliza no sítio de Bruno, ela tinha ferimento no dedo mindinho da mão. “Ela disse que prendeu na porta”, justificou. Para Dayanne ser ouvida, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues determinou que Bruno retornasse à Penitenciária Nelson Hungria. “Ele não pode assistir”, explicou.
Foto: Divulgação / TJMG
Para o promotor Henry Vasconcelos, ela ajudou Bruno a esconder o garoto. “Deu o suporte”, avaliou ele. Dayanne pode ser condenada a até cinco anos de prisão.
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