Contagem (Minas Gerais) -  O interrogatório de Bruno de Souza, previsto para às 13h de hoje, no 2º Tribunal do Júri de Contagem, Minas Gerais, vai selar o destino do ex-goleiro do Flamengo no processo sobre a morte da ex-amante dele, Eliza Samudio, mãe de um filho dele. Acusado de ser o mandante do crime, ele pode confessar a participação e até apontar o ex-policial Marcos Aparecidos dos Santos, o Bola, preso, como o executor.
“Acusar o Bola reduziria a pena dele”, admitiu Lúcio Adolfo, advogado de Bruno.
Bruno é cumprimentado por Quaresma, seu ex-advogado e atual de Bola | Foto: Aline Freire / Agência O Dia
Bruno é cumprimentado por Quaresma, seu ex-advogado e atual de Bola | Foto: Aline Freire / Agência O Dia
Outra expectativa da defesa é o julgamento do pedido de prisão domiciliar do ex-atleta, hoje, no Tribunal de Justiça de Minas. Se for atendido, ele iria para casa e voltaria ao júri amanhã para o veredicto do caso Eliza, onde pode ser condenado até 41 anos de prisão.
Ontem, duas pessoas foram ouvidas. Uma delas, na condição de informante (sem compromisso com a verdade), foi Célia Aparecida Rosa, prima de Bruno. Ela admitiu que mentiu em depoimento à polícia.
“Estava com a cabeça zoada”, alegou, ao confessar que desde o início sabia que o menino de Eliza era filho do jogador.
Na audiência, o momento mais impactante foi quando o promotor Henry Vasconcelos apresentou vídeo de quase duas horas. Em um deles, Eliza dizia que, se fosse morta, Bruno seria o responsável. A mãe dela, Sônia Moura, passou mal e deixou o plenário por mais de uma hora. Ela se revoltou por Célia ter dito que Eliza teria feito polenta no sítio do goleiro.
“Ela não sabia cozinhar”.
Outro momento emocionante foi quando Bruno assistiu às imagens da reconstituição do crime. Na ocasião, Sérgio Sales, primo do jogador que foi assassinado, afirmou quemalas de Eliza e do menino foram queimadas. Bruno chorou.

Imagens do 2º dia de julgamento de Bruno

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Bruno conversa com o advogado Lúcio Adolfo
Ex-mulher diz ter feito o que Bruno pediu
Acusada de sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do goleiro, Dayanne do Carmo, ex-mulher de Bruno, começou a ser interrogada no início da noite de ontem. Sem aparentar nervosismo, ele reafirmou que cuidou do menino a pedido do jogador e que ele não queria que o garoto se chamasse Bruno.
Dayanne garantiu que, durante o período que viu Eliza no sítio de Bruno, ela tinha ferimento no dedo mindinho da mão. “Ela disse que prendeu na porta”, justificou. Para Dayanne ser ouvida, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues determinou que Bruno retornasse à Penitenciária Nelson Hungria. “Ele não pode assistir”, explicou.

Foto: Divulgação / TJMG
Foto: Divulgação / TJMG
Para o promotor Henry Vasconcelos, ela ajudou Bruno a esconder o garoto. “Deu o suporte”, avaliou ele. Dayanne pode ser condenada a até cinco anos de prisão.