Suíça - O torcedor da seleção brasileira será apresentado a um novo jogador nos amistosos contra Itália e Rússia. Diego Costa, atacante de 24 anos do Atlético de Madri, não fez carreira sólida no Brasil, está desde 2006 na Europa, e pela primeira vez foi lembrado por um técnico da seleção.

A aposta em um atleta sem renome, mas com algum destaque numa grande liga europeia tem sido comum nos últimos anos da seleção brasileira. Dunga e Mano Menezes, os antecessores de Felipão, também causaram surpresa entre os fãs do time nacional que não costuma acompanhar atletas que deixaram o país muito cedo.
"É muito difícil ter sucesso no futebol. E nem sempre no Brasil é possível chegar longe. Vim para Europa cedo, fiz minha carreira aqui e estou bem. Você tem de ter humildade e cabeça boa, com trabalho e um pouco de sorte as coisas acontecem. Mas tem que trabalhar", disse Diego Costa na sua chegada à seleção em Genebra, onde a seleção enfrenta a Itália .
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Diego Costa, do Atlético de Madri, está na Europa desde 2006 | Foto: EFE
Antes dele, um atacante convocado por Mano Menezes e que também não era famoso no Brasil, foi lembrado. Kléber, então no Porto, hoje no Palmeiras, fez alguns gols importantes pela equipe portuguesa e lembrado pelo antecessor de Felipão em setembro de 2011. Ele acabou não vingando, se contundiu e esquecido das convocações seguintes. Voltou ao Brasil para tentar aparecer mais para o novo treinador, mas em cinco jogos pelo Palmeiras ainda não fez gols.

Mano ainda fez outra aposta em um um "desconhecido" do grande público na sua passagem. Ederson, atacante que fazia boas temporadas no Lyon, esteve na primeira convocação de Mano em agosto de 2010. Ele foi a campo no amistoso contra os Estados Unidos, mas se machucou com gravidade (rompeu os ligamentos do joelho) em seu primeiro lance da partida. Depois de longo período de recuperação voltou a jogar, mas não foi mais lembrado para a seleção. Hoje defende a Lazio.

Dunga não foi diferente. Ele também fez suas apostas em atacantes sem fama entre os torcedores que não são ávidos telespectadores dos campeonatos europeus. A primeira delas foi em Afonso Alves, então artilheiro do Heerenveen (HOL). Ele iniciou a carreira no Atlético-MG em 2001, mas logo se transferiu para o futebol sueco onde jogou por quatro anos. Fez carreira no "lado B" europeu e depois de marcar 34 gols pelo clube holandês em 2007 foi lembrado por Dunga. Chegou a disputar a Copa América daquele ano, mas depois não foi mais convocado.

Além de Afonso Alves, Dunga também levou Bobô para a seleção. Formado pelo Corinthians, ele deixou o futebol brasileiro muito cedo (e não deixou saudades na torcida do clube paulista). No Besiktas foi artilheiro do Campeonato Turco e lembrado por Dunga em 2008 para amistoso contra a Irlanda.

Diego Costa tenta não ser só mais um a engrossar a lista dos "desconhecidos" na seleção e ser figura certa nas futuras convocações, mas sabe que esta chance pode ser a única. "Tenho que chegar com humildade e aproveitar a oportunidade. Sei que pode ser a minha primeira e última convocação", disse.

As informações são do iG