Contagem (Minas Gerais) -  O promotor Henry Wagner Vasconcelos declarou, na madrugada desta sexta-feira, estar muito satisfeito com o resultado do julgamento, que condenou o goleiro Bruno pela morte de Eliza Samudio e inocentou Dayanne Rodrigues pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do jogador com a vítima.
Foto: Divulgação
Promotor Henry Vasconcelos | Foto: Divulgação
"Estou satisfeito com o resultado, não com o nome da pessoa. Esse júri foi mais difícil do que o do Macarrão porque no outro teve confissão e este, além de não ter, a defesa adotou duas táticas diferentes para confundir os jurados", disse o promotor.
Henry voltou a afirmar que, para ele, Bruno delatou o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, mas não confessou seus crimes. "Por lei, a delação simples não tem peso legal e não reduz a pena", declara. Pela primeira vez, o goleiro afirmou que sabia do assassinato, mas não participou. Em depoimento, o jogador disse que Bola foi o executor e Macarrão ajudou no crime, mas negou que teria sido o mandante.
O promotor explicou também porquê ainda não denunciou José Laureano, o Zezé, citado por Dayannne, ex-mulher de Bruno: "Ainda não recebi todos os elementos no tempo que gostaria". Henry afirma ainda que a investigação complementar vai gerar novas denúncias do MP, mas não revela quantas.
Bruno foi condenado em todos os crimes e suas qualificadoras. O ex-jogador do Flamengo estava sendo julgado por homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado da vítima e de Bruninho, filho do goleiro com Eliza. Dayanne era acusada por sequestro e cárcere somente da criança.
Bruno já está preso há dois anos e nove meses. Esse período será debitado na pena que o jogador receberá.  Além disso, de acordo com o advogado Tiago Lenoir, que defende Dayanne, Bruno tem um ano de remição por trabalhar na lavanderia da penitenciária Nelson Hungria. Com isso, no total, o jogador já cumpriu três anos e nove meses de prisão.