Brasília -  A Comissão Nacional da Verdade (CNV) divulgou nesta quinta-feira nota de repúdio à explosão de uma bomba no prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Rio de Janeiro. A entidade também cobrou apuração rigorosa dos fatos e punição aos “que pretendem negar ao Brasil o caminho da democracia e das liberdades.”
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
A CNV diz ainda que “há três décadas o Brasil e o povo brasileiro decidiram superar o período de violência e medo gerados pelo golpe civil-militar imposto em 1964. A população apostou na democracia e nas liberdades para enfrentar o desafio de construirum país justo e próspero, que gere oportunidades para todos."
A comissão também faz referência a uma mensagem ameaçadora recebida no local pelo ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, de que o ato objetivava matá-lo. Damous será nomeado presidente da Comissão Estadual da Verdade, na segunda-feira, pelogovernador Sérgio Cabral.
“Trata-se de um tardio ato de terror dos que não querem viver em um país democrático”, diz ainda a CNV na nota de repúdio à explosão no prédio da OAB no Rio de Janeiro.
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) também divulgou nota em que classificou o episódio como “atentado” e se colocou à disposição das autoridades do estado para colaborar com as investigações.
Entenda
Por volta das 15h50, um artefato, lançado das escadas entre o 8ª e o 9ª andar no prédio localizado à Avenida Marechal Câmara, no Centro, explodiu sem causar danos ou feridos. Logo em seguida, o presidente da seccional fluminense, Felipe Santa Cruz, recebeu um telefonema do comando o Corpo de Bombeiros avisando que havia recebido uma denúncia sobre a existência de três bombas que teriam sido "plantadas" na sede da OAB/RJ.
Por orientação dos bombeiros, o presidente da OAB-RJ recomendou que os funcionários abandonassem o prédio à espera da chegada do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil do Rio. Os fatos serão investigados pela Delegacia Anti Bombas. A OAB-RJ aguarda a análise técnica do artefato e a investigação para se pronunciar.