Rio -  Bem diferente de recém-lançadas releituras de contos de fadas — caso de ‘Branca de Neve e o Caçador’, de Rupert Sanders, e ‘João e Maria — Os Caçadores de Bruxas’, de Tommy Wirkola— que usam o argumento original apenas como pretexto para viajar por um mundo que nada tem a ver com a atmosfera do ponto de partida, ‘Jack — O Caçador de Gigantes’, do premiado Bryan Singer (‘X-Men’ e ‘Os Suspeitos’) reverencia a trama clássica e, felizmente, acerta o caminho.
Adaptado em 3D para o cinema, o longa resgata um pouco da magia dos antigos filmes de aventura ambientados na Idade Média e conta con um elenco que inclui nomes como Ewan McGregor, Stanley Tucci e Nicholas Hoult, um dos nomes mais bem cotados da nova geração de atores ingleses.

Nicholas Hoult vive o personagem-título no filme: ele precisa acabar com os gigantes para salvar seu reino | Foto: Divulgação
Nicholas Hoult vive o personagem-título no filme: ele precisa acabar com os gigantes para salvar seu reino | Foto: Divulgação
No filme, baseado em uma das versões mais antigas de ‘João e o Pé de Feijão’, um jovem humilde chamado Jack (Hoult) se vê obrigado a trocar o cavalo por um punhado de feijões mágicos, com a recomendação de que nunca sejam molhados. Só que uma tempestade transforma as sementes em plantas monumentais que servem de estradapara o céu, onde fica escondido um mundo de gigantes expulsos da Terra, figuras horripilantes que têm como prazer devorar seres humanos.
Movido pelo desejo de salvar seu reino e a princesa por quem se apaixona (Eleanor Tomlinson), ele resolve enfrentar os gigantes e, para isso, conta com a ajuda do chefe da guarda real (Ewan McGregor) e de seus soldados. Só que, além dos devoradores de gente, ele também precisa combater Lord Roderick (Stanley Tucci), um divertido vilão que quer dominar o reino e os terríveis gigantes.
Misturando ação, romance e humor, Bryan Singer consegue — com a ajuda de um bom roteiro, um elenco sincronizado e muitos efeitos especiais — criar um épico tecnológico, com fotografia, figurinos e cenários deslumbrantes, que exploram paisagens do interior da Inglaterra e paraísos criados no computador. Uma diversão para toda a família, sem grandes surpresas ou decepções.