Rio -  Os passageiros que usam o ônibus executivo intermunicipal da linha Castelo-Cabuçu, da empresa Evanil, costumam passar por um verdadeiro desgaste no horário do rush.

O preço alto da passagem (R$ 13) não condiz com o estado de alguns dos ônibus da frota. Ar condicionado quebrado, poltronas com defeito, sujeira e intervalos de espera que variam de 15 a 30 minutos no terminal Menezes Cortes são as principais características do "Caveirão", apelido que os usuários da linha deram aos veículos.

As reclamações não param por aí. A passageira Mônica Nascimento disse que, além de todos os problemas já existentes, ultimamente os passageiros embarcam no Menezes Cortes em um veículo em boas condições, mas são obrigados a fazer a troca para um "Caveirão" assim que passam da Rodoviária Novo-Rio, onde há um ponto fiscal da empresa.
Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Passageiros embarcando no ‘Caveirão’ no Terminal Menezes Cortes nesta quinta-feira: calor e sujeira no ônibus | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
“Duvido que usem um ônibus ruim para a linha que faz Nova Iguaçu”, disse ela. “Os motoristas e fiscais sempre dão a desculpa de que o ônibus novo está com defeito e nos passam para um pior”.

O Detro informou que, somente este ano, a Evanil já recebeu 40 infrações e que, caso seja confirmado o transbordo obrigatório, a empresa terá que pagar multa de R$ 2.014. Já a multa por defeito no ar condicionado chega a R$ 945,16.

A Evanil negou ao DIA que seus motoristas obriguem passageiros a trocar de ônibus durante o trajeto. A empresa informou que a frota está sendo renovada e que, quando um funcionário não atende às expectativas da companhia, ele recebe novas orientações.

Demora também é razão de queixa

Passageiro frequente da linha Castelo-Cabuçu, o auxiliar financeiro Roberto Sodré disse que já cansou de reclamar com a Evanil sobre o tempo de espera entre dois ônibus no Terminal Menezes Cortes, mas nada foi resolvido.

“Às vezes chega no terminal um ônibus vazio para Nova Iguaçu e, mesmo com a fila enorme, o veículo não é remanejado para a linha de Cabuçu”, relatou. A Evanil alega que esses intervalos são determinados pelo Detro.