Futebol brasileiro pode sair do armário?
POR MARCIA VIEIRA
Michael quer acabar com preconceito | Foto: Divulgação
Há mais de 25 anos, o ex- árbitro de futebol da Federação Carioca Paulino Rodrigues da Silva, o "Borboleta", quebrou tabus ao inaugurar - com os amigos Jorge Emiliano dos Santos, o "Margarida", e Walter Senra, o "Bianca" - a "arbitragem gay" no futebol brasileiro. Sem constrangimento, Borboleta não abria mão de desmunhecar e assumiu com orgulho a sua opção sexual.
“É muito importante que as pessoas deixem de ficar em cima do muro e saiam do armário. Assumir a sua condição sexual é o primeiro passo para alguém ser feliz na vida pessoal e profissional”, ensina o ex-árbitro: “Essa batalha é difícil, mas já houve grandes avanços. Não podemos abrir mão de lutar”.
Chance de combater a homofobia
Especialista em violência no futebol, o sociólogo Mauricio Murad vê com bons olhos a cartilha alemã.
“Com essa iniciativa podemos nos aprofundar no combate à homofobia. Seria tão bom que esse terror acabasse, principalmente em um país tão preconceituoso e reativo à questão homofóbica”, diz.
A psicóloga esportiva Maíra Ruas Justo também é favorável à cartilha, mas ainda acha que o fim da discriminação está longe.
“Só no dia em que um grande ídolo do esporte sair do armário isso pode mudar. Pode até haver piadinhas no começo, mas o respeito vai prevalecer”.
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