Rio -  Mamães de futuros carioquinhas podem passar a gravidez mais tranquilas. O Programa Cegonha Carioca, que no fim de 2012 completou um ano, já atende grávidas de todo o município do Rio de Janeiro. Quando foi criado, apenas gestantes da Rocinha e de alguns bairros da Zona Oeste, como Santa Cruz, podiam participar. Hoje, mais de 42.500 mulheres estão cadastradas.

Criada pela Secretaria Municipal de Saúde, a iniciativa visa a estimular o pré-natal e reduzir a mortalidade infantil. Pelo programa, as gestantes que fazem o pré-natal em unidades da rede municipal recebem o Passaporte Cegonha, onde fica registrada a maternidade para a realização do parto. No 3º trimestre da gravidez, elas visitam o hospital, tiram dúvidas e recebem enxoval para o bebê.
FIM DA PEREGRINAÇÃO 

O Cegonha Carioca garante ainda ambulância na hora do parto. “São 10 veículos, além de equipe que direciona a mulher à sala de parto”, explica Maria Auxiliadora Gomes, superintendente da Secretaria de Saúde. Segundo a médica, o programa representa o fim de um drama das gestantes que dependem da rede pública: a falta de vagas em maternidades na hora do parto, que as faz ‘peregrinar’ pela cidade em busca de atendimento.
Juliana (E) e Elaine já ganharam enxoval e têm vaga garantida na maternidade do Hospital Miguel Couto | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
Juliana (E) e Elaine já ganharam enxoval e têm vaga garantida na maternidade do Hospital Miguel Couto | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
“Soube do programa no posto em que fiz o pré-natal”, conta Juliana Farias, 26 anos, moradora de Vila Canoas, São Conrado, grávida de 8 meses. Ela já visitou a maternidade do Hospital Miguel Couto e recebeu o enxoval de Lara, sua 1ª filha. “Estou tranquila com o parto. A preocupação começa depois que ela nascer”, brinca.

Mãe de dois filhos e aos 9 meses de espera pelo 3º, Elaine de Araújo, 31, também de Vila Canoas, comemora: “É um direito nosso, como mães, sermos cuidadas por bons médicos e termos lugar na maternidade. Que bom que agora podemos contar com isso”. Em 2012, houve 38.400 partos nas maternidades municipais e, em janeiro e fevereiro deste ano, 5.884 visitas a maternidades.
Problemas em maternidades de B. Roxo

Hospitais municipais de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, devem adotar medidas para aumentar o percentual de gestantes que fazem a primeira consulta pré-natal em até 120 dias de gravidez, diminuindo as indicações de cesarianas e aumentando a humanização do parto. A recomendação foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF).

Foram notificados por irregularidades os diretores da Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora da Glória e do Hospital de Clínicas de Belford Roxo. O MPF pediu ainda que seja ampliado o percentual de grávidas do município cadastradas no Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SisPreNatal).