Índios esperam possível invasão da Aldeia Maracanã em clima de tranquilidade
POR MARCELLO VICTOR
O pajé Tobi Itaúna, de 65 anos, do Amazonas, que está na Aldeia Maracanã, ainda acredita que a questão da permanência dos ocupantes no local ainda possa ser resolvida de forma democrática, com base na lei. Ele endossou a delcaração do índio guajajara Daniel Puri, de São Paulo, feita na quarta-feira. Eles defendem uma resistência pacífica, quando da chegada da força policial na Aldeia.
Índios rezam na Aldeia Maracanã | Foto: Osvaldo Prado / Agência O Dia
Daniel Puri disse que a comunidade indígena que ocupa a Aldeia Maracanã não abre mão da manutenção do prédio do antigo museu, causa que vem sendo defendida por eles desde a ocupação ocorrida em novembro de 2006. Ele defende que a discussão com as autoridades competentes e com a sociedade sobre o assunto ocorram no espaço, com a presença de todas as etnias indígenas representadas na Aldeia. O objetivo é evitar pressões e assédios nos gabinetes.
A aparente tranquilidade dos índios contrastava com a tensão de participantes de movimentos de apoio à causa. Nos muros, eles observavam a movimentação externa na Avenida Radial Oeste. Houve correria dentro da aldeia quando três motociclistas do BPChoque chegaram ao local. Eles pararam por alguns instantes na via, em frente ao imóvel, mas foram embora.
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