Rio -  Sair da prisão é o que o goleiro Bruno de Souza mais espera. Ele foi condenado a 22 anos e 3 meses pela morte de Eliza Samudio, ocultação de cadáver e sequestro e cárcere privado de Bruninho — filho do jogador com a vítima.
Defensor do atleta, o advogado Lúcio Adolfo, que vai lançar um livro sobre o processo em outubro, faz conta. Para reduzir o tempo de permanência de Bruno atrás das grades, ele vai voltar a estudar. “Bruno tem medo de morrer na cadeia”, revela Lúcio.
Foto: Divulgação
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—Por que ele tem medo de morrer na prisão?
—Ele me confidenciou. O fato de ele ter apontado alguém como envolvido no crime, como foi o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, faz a questão passar a ser previsível.

—Alguma medida foi tomada a respeito?
—Por enquanto, não. Mas, se for necessário, agiremos. Nossa prioridade no momento é a de que ele volte a estudar no mês que vem. Ele tem completo o Ensino Fundamental e vai fazer o Médio.

—Tanto estudar quanto trabalhar pode reduzir bem a pena?
— Na pior das hipóteses, ele sai da prisão em 2016. Porque estudando e trabalhando nos próximos três anos, ele vai reduzir quase dois anos da pena. Como ele já está preso há 2 anos e 8 meses, conseguirá a liberdade ainda que com restrições.

—E na melhor hipótese?
—Vamos conseguir anular o julgamento no Superior Tribunal de Justiça. Estou escrevendo livro sobre as irregularidades do processo. Setecentas páginas sumiram. A Justiça mandou investigar, mas até agora não deu em nada.