Rio -  O balão da Lei Seca perde o ar na Justiça. Em quatro anos, foram 283 absolvições e 96 condenações pela legislação antiga, que permitia tolerância de 6 decigramas de álcool por litro de ar.
Acima, o condutor responderia por crime, com pena de até 3 anos de detenção. Os dados foram obtidos com exclusividade  pela coluna. A maior justificativa para a falta de punição é a de que não ficou comprovado que o motorista representou risco nas ruas, apesar de ter bebido.
Desde janeiro, basta um gole para multa de R$ 1.915,40 e suspensão da carteira por até um ano. Na esfera criminal, a embriaguez pode ser identificada, até com testemunhas e vídeo.
Dever de casa
Para o coordenador da Lei Seca, Marco Andrade, decisão judicial não é para ser discutida. Mas ele acredita que com a nova legislação as condenações vão aumentar.
“A gente cumpre o que está escrito”, resume. Marco alega ainda que todos os agentes que trabalham na operação fazem o teste do bafômetro antes. É dever de casa andar na linha.