Brasília -  Nova polêmica na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, presidida pelo deputado  e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), chamado de racista e homofóbico por manifestantes que protestam desde que ele foi eleito para liderar o colegiado, no dia 7. Valendo-se da autoridade que o cargo lhe garante, Feliciano deu a um aliado seu, Pastor Eurico (PSB-PE), a relatoria de um projeto polêmico de autoria do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), principal opositor do presidente da comissão, o que promete mais motivo para debates acalorados na Casa.
Jean Wyllys é deputado federal pelo PSOL-RJ | Foto: Reprodução Internet
Jean Wyllys é deputado federal pelo PSOL-RJ | Foto: Reprodução Internet
O projeto em questão é o que propõe a regulamentação da prostituição como profissão, batizado pelo próprio Jean Wyllys como Lei Gabriela Leite, que é o nome de uma ex-prostituta que milita pelos direitos da categoria e criou a grife Daspu. Se aprovada, a lei vai proibir que qualquer pessoa fique com mais da metade do rendimento obtido com a prestação de serviço sexual.
“A Comissão foi tomada por fundamentalistas com esse propósito: tornar-se maioria para derrubar todas as proposições legislativas que estendam a cidadania às minorias sem direitos. O que o PSB tem a dizer sobre o Pastor Eurico? O que o Eduardo Campos (governador de Pernambuco) tem a dizer sobre isso?”, pergunta Jean Wyllys.