Rio -  Controverso laudo da Fundação Parques e Jardins quase pôs abaixo um dos símbolos da preservação de árvores nativas no território carioca.

Um exemplar de Assacu de 30 metros de altura, plantado há mais de 160 anos na Rua Pompeu Loureiro, em Copacabana, e considerado “imune ao corte” desde 2006 pela prefeitura, teve a sua remoção decretada por estar, supostamente, na iminência de cair.

Domingo, inconformados com a decisão, moradores da rua conseguiram liminar impedindo a derrubada.

O impasse teria surgido após reclamações do síndico de edifício situado em frente à árvore, que notou rachaduras em uma das vigas de sustentação da garagem. Profissionais da Comlurb e da Parques e Jardins fizeram inspeções no local e optaram pela derrubada.
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Moradores da Rua Pompeu Loureiro defenderam espécime ameaçada | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
“O mais prudente seria ação conjunta entre engenheiros civis e florestais, para avaliar medidas que evitem o corte da vegetação”, avaliou a engenheira florestal Laís Sonkin.

A vizinhança exigiu que profissionais da Comlurb, que já realizavam a poda, mostrassem a documentação que validasse o ato. O documento era inválido. “Fomos até a 13ª DP e conseguimos a liminar”, explicou a professora Danuza Pires. Nova perícia, pela Polícia Civil, foi feita, e o resultado sairá em 30 dias.

O presidente da Parques e Jardins, Mauro Duarte, argumenta que “a copa da árvore é muito pesada e o seu crescimento se deu na diagonal, e por isso a queda é provável”.