Rio -  O primeiro dia da interdição das quatro pistas sentido Aterro do Flamengo da Avenida Rodrigues Alves, devido às obras na área do Porto Maravilha, irritou ontem motoristas que iam para o Centro pela Avenida Francisco Bicalho, causando um nó nos acessos de quem vinha de São Cristóvão, Avenida Brasil e Ponte Rio-Niterói.

“Estou há quatro horas no trânsito. Isso é um abuso”, reclamou o marceneiro José Fagundes, parado na Francisco Bicalho. No mesmo engarrafamento, o motorista Osvaldo Tostes tinha queixa semelhante. “Com aquela mudança depois da rodoviária, o trânsito ficou inviável”.

A situação ficou mais crítica devido ao temporal que caiu por volta das 3h da madrugada de ontem e e tirou do ar cerca de 70 câmeras do Centro de Operações da prefeitura, prejudicando o funcionamento de sinais de trânsito em vários bairros.
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Temporal parou sinais e deu nó no trânsito | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
O taxista Jorge Martins trazia uma passageira de Inhaúma para o Centro. “Faço esse trajeto pelo menos três vezes por semana e levo 15 minutos, hoje já gastei duas horas”. Quem veio de Niterói perdeu o mesmo tempo. “Peguei a condução no São Gonçalo Shopping (na Rodovia Niterói-Manilha) e levei duas horas e quarenta minutos para chegar na descida da Ponte", relatou Vanderlei da Cruz. As linhas Amarela e Vermelha também sofreram com os problemas do Centro.
O secretário de Tranportes do Rio, Carlos Roberto Osório, avaliou que o fechamento da Rodrigues Alves não foi a responsável pelo nó. “Houve uma conjunção de problemas como a chuva forte, uma blitz na Francisco Bicalho, General Justo e Presidente Vargas e a acomodação inicial destes primeiros dias da Rodrigues Alves”, disse Osório, para quem a expectativa para hoje é positiva. “Não teremos as blitzes, e os motoristas começarão a se acostumar com a Rodrigues Alves”.
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Secretário declarou que fechamento da Rodrigues Alves não foi responsável pelo tráfego ruim | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Travessia deveria ser feita em 12 minutos, mas leva 20

Duas barcas apresentaram problemas técnicos nesta segunda-feira e provocaram atraso também na travessia Cocotá -Praça 15, prejudicando milhares de passageiros. Gilberto Palmares disse que nova reunião será feita com representantes do MP. Deputados irão participar de audiência pública e, caso nada seja apresentado, um grande ato está previsto para a Praça 15.

“Temos denúncias de que catamarãs que deveriam fazer o percurso em 12 minutos levam quase 20. Há informações de que muitas embarcações estão com super aquecimento”.
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Fila gigante no terminal das Barcas: travessia leva 12 minutos, mas chegou a 20 nesta segunda | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Segundo a Barcas, a partir desta terça-feira a embarcação Falcão entra em funcionamento na linha Charitas-Praça XV. A barca Carpia já opera na linha Cocotá. Juntas, transportam 1.080 pessoas. Na matemática da concessionária, uma embarcação de Charitas segue para Cocotá, que passa a operar com dois catamarãs novos. Já as barcas antigas para o trajeto Rio-Praça XV, que chegam de Paquetá e Cocotá, irão funcionar entre 7h e 10h e de 17h30 às 20h30.

“Havíamos cobrado que Paquetá, o trajeto mais longo, recebesse embarcações novas, mas isso não foi possível. Hoje levei à Agetransp denúncias de passageiros da região”, disse Palmares.