Síria -  Os confrontos entre os rebeldes e as forças leais ao presidente  Bashar al Assad se aproximam cada vez mais do centro de Damasco, apesar do regime ainda se impor dois anos depois do início do levante. Os cidadãos temem o que os insurgentes preveem que será a batalha decisiva pelo controle da cidade, onde os postos militares, os carros blindados e a presença de soldados em pontos estratégicos se tornaram comuns na paisagem urbana.
Rebelde lança granada de fumaça durante confronto em Alepo, na Síria, nesta sexta-feira | Foto: EFE
Rebelde lança granada de fumaça durante confronto em Alepo, na Síria, nesta sexta-feira | Foto: EFE
Até agora, o centro histórico de Damasco ficou longe dos choques, o que o livrou da destruição que atingiu o histórico mercado da segunda maior cidade do país, Aleppo, uma joia da época medieval devastada durante os combates de setembro passado.
Muitos temem que o destino de Damasco seja o mesmo. De fato, em outubro de 2012 a Unesco lembrou a todas as partes do conflito as obrigações da Síria com seu patrimônio. No último mês, os insurgentes tentaram penetrar na capital pelo nordeste e tomaram o controle de vários postos militares na estrada que une a cidade com as regiões setentrionais, mas o regime respondeu aos ataques e conseguiu recuperar esses pontos.
As operações dos rebeldes se concentram, sobretudo, na periferia de Damasco, que englobaria o território que fica ao leste e ao sul de Al Mutahaleq al Yanubi, a estrada que separa a capital das zonas rurais ao redor.
Há três semanas, os insurgentes tomaram o controle do subúrbio de Yobar e agora tentam avançar até o centro, assim como das regiões de Zamalka, Qabún e Barze, nos arredores. Essas regiões ficam a uma distância de um a três quilômetros da região dos abássidas e a cerca de seis da dos omíadas, símbolos do regime de Assad. Do mesmo modo, o Palácio Presidencial não está muito longe desse último enclave.
Nos últimos dias foram registrados confrontos e ataques contra edifícios governamentais perto da praça dos abássidas e contra o Complexo de Segurança 8 de Março, um dos principais centros de operações das forças do regime. Além disso, 12 pessoas morreram nesta semana e outras 50 ficaram feridas pela queda de bombas em vários bairros residenciais da capital.

As informações são da EFE