Brasília -  O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi chamado pelos líderes partidários da Câmara para uma reunião na próxima semana. A pauta do encontro será a tentativa de convencê-lo a deixar a presidência da Comissão de Direitos Humanos. O deputado é questionado por declarações consideradas racistas e homofóbicas. O partido do religioso, que tem apoio da bancada evangélica, disse nesta terça-feira que o parlamentar continuará na comissão.
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Deputado Marco Feliciano, após sessão na Câmara: Bancada evangélica pode ser 'problema' para parlamentares que pedem saída do pastor da Comissão de Direitos Humanos | Foto: Divulgação
Feliciano é pressionado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e agora pelos líderes. O presidente da Câmara admitiu ter sido surpreendido com a posição do PSC de bancar a permanência de Feliciano e afirmou que a intenção é ampliar o diálogo para tentar convencer o pastor. A decisão de chamar o pastor surgiu após mais de três horas de reunião em que se chegou a conclusão de que não há caminho regimental para destituí-lo.
Para tentar convencer Feliciano o argumento continua sendo o mesmo, o desgaste da Casa. Mas os deputados constataram que a bancada evangélica sozinha poderia realizar as sessões porque teria integrantes suficiente para dar quórum às reuniões. O grupo deparlamentares religiosos está mobilizado na defesa de Feliciano e cogitam realizar manifestações de apoio ao pastor para contrapor-se aos movimentos que pedem sua saída da comissão.