População tenta linchar a assassina de Barra do Piraí
Manicure asfixiou menino de 6 anos, simulou desespero e até ‘consolou’ mãe da vítima
POR FRANCISCO EDSON ALVES
Depois de passeata, pelo menos 500 pessoas tentaram invadir a 88ª DP (Barra do Piraí) e linchar a manicure Suzana , que confessou o crime | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
“Segundo testemunhas, ela chorou e abraçou a mãe de João Felipe, consolando”, comentou a professora Márcia Costa, do tradicional Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira.
Pouco depois de 14h, se passando por Eliane, Suzana havia ligado três vezes para o colégio, afirmando que a babá o tinha mandado para a escola por engano e que ele tinha médico. Suzana disse que Manoela o apanharia na escola num táxi.
“Quando o taxista chegou, ele (João Felipe) comentou com uma funcionária da escola: ‘Ué, por que vou ao médico se não estou doente?”, contou Márcia.
Suzana já havia reservado quarto no Hotel São Luiz, perto da escola. Segundo funcionário do estabelecimento, ela ficou cerca de meia hora lá com o menino. Depois, saiu com ele nos braços, aparentemente desmaiado, e pegou outro táxi.
“Como a notícia do desaparecimento se espalhou, o recepcionista do hotel ligou para o taxista, seu conhecido, que contactou a polícia”, disse o delegado da 88ª DP , José Mário Salomão.
“Como a notícia do desaparecimento se espalhou, o recepcionista do hotel ligou para o taxista, seu conhecido, que contactou a polícia”, disse o delegado da 88ª DP , José Mário Salomão.
Confissão acompanhada de histórias
Drama familiar durante enterro
O corpo de João Felipe foi enterrado pela manhã no Cemitério Recanto da Paz, no Centro. Uma multidão acompanhou o sepultamento. Os pais do menino, que era filho único, passaram mal e tiveram que ser amparados. “Essa tragédia foi uma bomba atômica sobre nossa família”, desabafou o avô de João Felipe, Heraldo Bichara, 71, que em 1955 perdeu a filha Vanusa, assassinada a tiros pelo marido. O filho dele, de mesmo nome, nega relacionamento amoroso com Suzana.
O delegado José Mário Salomão disse que o taxista que pegou o menino na escola está sendo investigado, por enquanto, como testemunha.
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