Resgatar católicos no Rio é prioridade para o Vaticano
O estado que receberá a Jornada Mundial da Juventude é o que tem menos fiéis e a maior quantidade de pessoas sem religião
POR MARIA LUISA BARROS
Foto: Reuters
A crise do catolicismo é ainda mais grave no Rio de Janeiro, estado com menos católicos no País e a maior quantidade de pessoas sem religião. O estado que provavelmente será o primeiro visitado pelo novo Papa está na lista de prioridades do Vaticano, que aposta na catequese de jovens para recuperar fiéis de um rebanho desgarrado.
A esperança pode estar na internet. Em Niterói, um grupo de jovens levou para as redes sociais a fé católica. Com a ajuda do padre Bruno Guimarães, da paróquia Nossa Senhora das Neves, criaram uma sala de aula virtual, com vídeo e bate-papo, para ensinar o catecismo e conquistar novos devotos. Até agora, as páginas do Youcat (O “You” vem “Youth” que significa jovem. Já o “Cat” é de Catecismo) já foram vistas por 1.474 pessoas. “Talvez um encontro num retiro espiritual não reúna tantas pessoas como nas redes sociais na Internet”, diz Luiza Cunha, uma das idealizadoras do canal religioso.
Evento já tem mais de 84 mil voluntários
Mais de 84 mil voluntários já se inscreveram para participar da Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 23 e 28 de julho. Os peregrinos virão dos cinco continentes e serão hospedados em casas de famílias, paróquias, escolas e centros comunitários. As inscrições podem ser feitas pela Internet, no site da jornada, em sete idioas(www.rio2013.com).
A primeira edição do encontro foi em Roma, em 1986, e reuniu 300 mil jovens na Praça São Pedro. O maior público, foi em 1995, nas Filipinas, que contou com a participação de 5 milhões de pessoas. No ano passado, 2 milhões de jovens estiveram em Madri, na Espanha.
Tabus afastam as mulheres
Nos anos 40, as mulheres iam à missa tanto quanto seus maridos (96% contra 95%). Mas a situação mudou. Os homens vão mais à missa do que as as mulheres. Entre os católicos do sexo masculino, 75,4% são frequantadores assíduos, mais do que elas (71,6%).
A explicação para o êxodo delas pode estar na abordagem de questões centrais como divórcio, aborto e métodos contraceptivos, que ainda tabus na Igreja.
Um em cada cinco moradores de favelas do Rio de Janeiro se considera evangélico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário