Rio -  Eleito por unanimidade como presidente da Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara dos Deputados, o ex-jogador Romário (PSB-RJ) começou sua gestão à frente do órgão fiscalizador de eventos esportivos brasileiros com uma entrevista contestadora. Quase um ano depois de posar para uma foto abraçado a José Maria Marin, presidente da CBF, o ex-atacante respondeu com firmeza às críticas do presidente da entidade que rege o futebol nacional.
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Romário critica o atual presidente da CBF | Foto: Divulgação
Considerado "grande jogador, mas inexpressivo como deputado" por Marin, Romário respondeu eloquente, logo em suas primeiras declarações como presidente da CTD: "Esse presidente tem o passado ligado à ditadura, não tem moral para criticar. Dá pena ver a CBF passando suas diretorias de um ladrão para outro. Um cara que roubamedalhas e energia de um vizinho não tem moral para falar de Romário ou de qualquer deputado".

Romário lembrou do episódio em que Marin, antes de assumir a CBF, embolsou uma medalha de campeão do Corinthians após a final da Copa São Paulo Junior de 2012. A "energia de um vizinho" se refere à coluna do jornalista Juca Kfouri em que Marin é acusado de ter um "gato" em seu apartamento para transferir os gastos com energia elétrica para um vizinho.

Romário foi crítico da gestão Ricardo Teixeira desde que encerrou a carreira como atleta, mas ganhou o rótulo de membro não-ativo na organização da Copa do Mundo de 2014 no momento em que Marin assumiu o cargo e chamou o Baixinho para reuniões na sede da CBF. Na ocasião, o substituto do ex-genro de João Havelange respondeu questionamentos dos deputados na companhia de Marco Polo Del Nero, vice-presidente da entidade e favorito para substituir Marin na presidência.

Por meio de um comunicado publicado na Internet, Romário ainda ameaçou o presidente da CBF e iniciou um movimento pela sua saída:
"Aguardo ansiosamente pela instalação da CPI da CBF para poder convocar o Sr. a prestar esclarecimentos sobre as inúmeras denúncias que chegam ao meu gabinete e atingem diretamente esta instituição. Continuo aqui na Câmara representando milhões de brasileiros que querem te ver fora da CBF".
As informações são do iG