Rio -  O Ministério da Saúde vai ampliar o acesso ao tratamento antifumo. Portaria publicada ontem facilita a adesão dos municípios ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). Com a mudança, o número de unidades de saúde que oferecem o serviço pode saltar dos atuais três mil para trinta mil.
O tratamento inclui apoio psicológico, ações educativas, medicamentos e até terapia de reposição de nicotina, com uso de adesivos, gomas de mascar e pastilhas. As inscrições começam este mês e os profissionais de saúde das secretarias de Saúde registradas passarão por um curso de capacitação.
De acordo com o ministério, o cadastro será feito por meio do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ), com preenchimento de formulário eletrônico, e não realizado pelo Inca, de forma centralizada. O ministério lembra que municípios já cadastrados no PNCT também deverão preencher o formulário, pois será construído sistema informatizado com dados sobre tabagismo no Brasil, como uso de medicamentos e constância no tratamento.
Em 2012, o Ministério da Saúde gastou R$ 12 milhões no tratamento a fumantes. Este ano, o valor pode chegar a R$ 60 milhões.
“Nosso principal foco é o público que manifesta nas pesquisas o interesse em parar de fumar. Nós vamos fazer busca ativa, campanhas de conscientização”, disse o ministro, Alexandre Padilha.
No Rio de Janeiro, 178 unidades de saúde ofertam o tratamento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Em média são oferecidas 20 vagas a cada 45 dias. No estado, 80 dos 92 municípios fluminenses estão cadastrados no programa. Em 2012, 175 mil pessoas foram atendidas em unidades credenciadas ao PNCT em todo Brasil.
Reportagem de Beatriz Salomão