Rio -  Nesta quarta-feira, no mesmo dia em que a Polícia encaminhou ao MinistérioPúblico a conclusão do inquérito que pede a prisão do motorista e do estudante, acusados da morte de sete passageiros na linha 328, a Prefeitura do Rio fez inspeção na garagem da Viação Andorinhas.

Na vistoria, dez ônibus foram tirados de circulação, quatro lacrados e a empresa recebeu 14 multas por irregularidades. As denúncias foram feitas por passageiros e motoristas em reportagem na edição desta quarta-feira do DIA.

Diversas linhas da empresa, que também administra a Rio Rotas, operam em condições precárias e sem documentos de vistoria. Foram constatados pneus carecas e rachaduras no teto permitindo que chuva caia no motorista, entre outros problemas.
Ônibus flagrado pelo DIA circulava com pneus completamente carecas. Secretaria constatou problemas | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Ônibus flagrado pelo DIA circulava com pneus completamente carecas. Secretaria constatou problemas | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
De acordo com o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, já estava em andamento uma apuração sobre problemas na empresa.

“Li a matéria e a prefeitura considerou inadimissível e intolerável. Juntamos as informações do jornal com outras denúncias e retiramos para vistoria 10 veículos, todos da linha 790 (Cascadura/Campo Grande), confirmando as irregularidades.
Aplicamos 14 multas, um veículo foi definitivamente removido por vistoria vencida no Detran e outros três veículos lacrados por infrações gravíssimas, e mais um rebocado. Notifiquei o consórcio que adminstra as empresas informando que não vamos tolerar este tipo de coisa. A fiscalização será intensificada”, disse. Ele acrescentou que nos três primeiros meses deste ano, já foram deflgradas 593 ações de fiscalização.

Investigações concluídas

Oito dias depois do acidente com a linha 328, o delegado José Pedro da Costa, da 21º DP (Bonsucesso), pediu ao MP na tarde desta quarta-feira a prisão preventiva do motorista André Luiz Souza de Oliveira, 33, e do estudante de engenharia Rodrigo Santos Abreu, 25, culpando os dois por homicídio doloso.

A promotora Claudia Canto será responsável por analisar a acusação e o pedido de prisão. De acordo com Márcia Dias, advogada do motorista, o pedido de prisão “não tem fundamento jurídico, pois André não oferece risco ao curso do processo”.