Rio -  O Botafogo está preparado para entrar numa guerra contra a prefeitura do Rio por causa do Engenhão. Após uma reunião realizada na noite desta quinta-feira, em General Severiano, dirigentes alvinegros garantiram que o estádio não será devolvido, mas que vão entrar na Justiça, como forma de precaução, para não arcar com quaisquer custos relacionados ao reparo da cobertura. Além disso, o Botafogo ainda quer ser ressarcido financeiramente pelo período que o Engenhão ficará fechado.
Falha estrutural na cobertura causou interdição do Engenhão | Foto: Carlos Eduardo Cardoso / Agência O Dia
Falha estrutural na cobertura causou interdição do Engenhão | Foto: Carlos Eduardo Cardoso / Agência O Dia
encontro durou aproximadamente duas horas e contou com a presença de cerca de 20 pessoas, entre elas o presidente Maurício Assumpção, o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, o presidente do conselho fiscal, André Silva, e o presidente do conselho deliberativo, José Luiz Rolim, além de representantes do conselho diretor.

Na saída da reunião, Carlos Augusto Montenegro foi claro.

“Nós vamos recorrer à Justiça para nos preservar de alguma cobrança relativa à manutenção ”, disse.

Perguntado se o clube teve a situação com o Vasco abalada, por causa da recusa de São Januário, ele brincou: “Não, o Vasco é um bom freguês”.

O Botafogo aguarda ainda o laudo oficial da prefeitura, que deve ficar pronto em até um mês, sobre o que deverá ser feito no Engenhão.

O prefeito Eduardo Paes, ainda sem saber da postura do Botafogo, disse que está prestando o apoio necessário para que o estádio reabra o mais rapidamente possível. Paes afirmou também que não vai se responsabilizar pelos erros ocorridos na construção, o que não foi bem recebido pelos botafoguenses.

“A prefeitura está trabalhando para dar uma solução com a maior brevidade possível para o caso, e me parece que essa solução é de responsabilidade de quem fez o estádio, não do Município”, afirmou Paes em entrevista à ‘Rádio Band News’.

Paes ainda atacou a gestão de Cesar Maia, responsável pela construção do Engenhão, e disse que não há chance de a prefeitura arcar com as despesas da reforma.

“Mas nem por um decreto”, completou o prefeito.