Caso João Felipe: Pai do menino chega à delegacia para depor
Diretor de polícia de área do Sul Fluminense foi designado pela chefe de polícia Marta Rocha para a acompanhar o inquérito.
POR FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - O empresário Heraldo Bichara Júnior, pai do menino João Felipe Eiras Bichara, morto pela manicure Suzana de Oliveira, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, chegou à delegacia para prestar depoimento por volta das 9h40 desta terça-feira.
Ele será ouvido pelo delegado da 88ª DP (Barra do Piraí), José Mário Salomão, e pelo diretor de polícia de área do Sul Fluminense, Ricardo Martins. O diretor foi designado pela chefe de polícia Marta Rocha para a acompanhar o inquérito.
Na chegada à delegacia, Heraldo não quis dar declarações à imprensa. Ele chegou acompanhado da três advogados e da mulher Aline Bichara. O empresário ainda tentou armar uma estratégia para a enganar a imprensa, mas não conseguiu. Enquanto ele entrava pela porta da frente, um outro carro entrou pelos fundos, com um homem com a cabeça coberta, se fazendo passar por Heraldo.
Cerca de 30 minutos antes, o advogado, Bruno Tavares, que defende Heraldo chegou à delegacia. O defensor afirmou que o empresário está sendo caluniado pela manicure, que insinua ter tido um caso com o pai de João Felipe.
"Meu cliente, além de estar sofrendo com toda a situação, ainda está sendo caluniado, mas ele está tranquilo e não há sequer orientação a ser passada diante dessa tragédia", disse o advogado.
Mãe de manicure entrega caderno em que assassina premeditava o crime
Simone Oliveira, de 39 anos, mãe da manicure Suzana de Oliveira, de 22, entregou ao delegado José Mário Salomão da 88ª DP (Barra do Piraí) um caderno com anotações feitas pela filha premeditando a morte de João Felipe.
Manicure escreveu em caderno o plano do crime | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Escola de Barra do Piraí instala câmeras de segurança
Suzana foi presa em flagrante e indiciada por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e ocultação de cadáver.
O crime chocou a pequena Barra do Piraí, cidade do Sul Fluminense com cerca de 90 mil moradores. Ao longo de toda a semana passada, a população da cidade fez muitos protestos querendo justiça. Na terça-feira, a transferência de Suzana para um presídio do Rio foi bastante tumultuada. Policiais do 10º BPM (Barra do Piraí) e guardas municipais tiveram que reforçar a segurança em torno da delegacia da cidade, porque muitos moradores queriam agredir a manicure.
A polícia divulgou o vídeo que mostra Suzana entrando no prédio com o menino João e saindo carregando o corpo da criança. Nas imagens, é possível ver a acusada carregando a mochila da criança ao entrar no edifício.
Após o crime, Suzana cobriu o corpo de João com uma toalha para não levantar suspeitas, imagem captada pelo circuito interno do edifício. Veja o vídeo abaixo.
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