Rio -  O edital para o concurso do Banco Central ainda não saiu, mas quem quiser garantir a aprovação deve começar a estudar desde já. Foram autorizadas 515 vagas pelo Ministério do Planejamento para os níveis Médio e Superior. Além da estabilidade, os salários de até R$ 14 mil atraem muitos candidatos e aumentam a concorrência.
Do total de vagas, 400 são destinadas ao cargo de analista, que exige Nível Superior em diversas áreas, com salário de R$ 12.960,77. Outras 100 vagas são para o cargo de técnico, que exige Nível Médio (R$ 4.917,28), e as 15 restantes são para o cargo de procurador, que exige graduação em Direito (R$ 14.970,60).
Anderson Arcanjo de Holanda, 24 anos, não perdeu tempo e começou a se preparar em fevereiro: ‘Estou estudando com base no último edital’ | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Anderson Arcanjo de Holanda, 24 anos, não perdeu tempo e começou a se preparar em fevereiro: ‘Estou estudando com base no último edital’ | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
No caso do cargo de analista, com maior oferta de vagas, o candidato precisa se preocupar com o grande volume de conteúdo a ser estudado, além da concorrência acirrada. Por isso, segundo Paulo Estrella, diretor pedagógico da Academia do Concurso, o candidato que começa a estudar o quanto antes leva vantagem. É preciso dar preferência às disciplinas básicas no início.
“Como não sabemos como será a distribuição de vagas pelas áreas, é fundamental garantir um conhecimento bem consolidado nas disciplinas básicas e, após a divulgação do edital, partir para o estudo das disciplinas específicas”, explica o especialista.
O cargo de Nível Médio, por sua vez, oferece salários acima do mercado, mas também demanda grande esforço do candidato. Estrella aconselha: “O salário é alto e a preparação é mais complexa do que normalmente encontramos para cargos de Nível Médio. Tem até conceitos de contabilidade. Dessa forma, é importante montar desde já um projeto de estudos para se dedicar ao máximo”.
O técnico em gestão de seguros Anderson Arcanjo de Holanda, 24 anos, vai concorrer ao cargo de técnico e está estudando desde fevereiro. “Aproveitei tudo o que podia no Carnaval e comecei a estudar logo na Quarta-Feira de Cinzas. Trabalho até as 19h e depois fico até mais tarde no escritório estudando”, conta.
Autor do livro ‘Sistema Financeiro e Bancário’, da Editora Elsevier, Carlos Arthur Newlands explica que o tempo entre o lançamento do edital e a data das provas é curto, por isso o ideal é começar a estudar antes. “O edital para o concurso do Banco Central vai sair a qualquer momento, pois a seleção já foi autorizada e a instituição já está escolhendo a banca organizadora. Depois que sair, os candidatos terão no máximo 60 dias até a prova, o que é pouco tempo para estudar”, orienta.
BANCA ORGANIZADORA
O Cesgranrio foi a banca escolhida para organizar os últimos concursos para o Banco Central, por isso as chances de ser selecionada novamente são grandes. Segundo Estrella, as provas feitas por essa banca costumam ser densas, porém, pouco cansativas.
CONTEÚDO DA PROVA
Carlos Arthur Newlands explica que o conteúdo das provas de um concurso para outro não costuma mudar, de modo que estudar por provas antigas ainda é uma boa opção. Estrella concorda: “Mesmo que a banca mude, disciplinas específicas só serão encontradas nas provas anteriores”.
CURSOS E LIVROS
É fundamental que o candidato estude em casa, mas cursos preparatórios com turmas especializadas no concurso do Banco Central podem ajudar o candidato. “Para ter sucesso, bons livros e boas aulas são igualmente importantes”, afirma Newlands.