Rio -  Djavan, quem diria, um artista anticomercial. Lançando o disco ‘Rua Dos Amores’ em temporada de amanhã a domingo no Vivo Rio, o cantor recorda que foi rotulado assim há 40 anos, quando chegou à sua primeira gravadora, a Som Livre.
Show e caixa de CDs no foco | Foto: Divulgação
Show e caixa de CDs no foco | Foto: Divulgação
“O radialista Adelzon Alves me levou lá. Os produtores João Mello e Waltel Branco me ouviram. Mello disse que eu fazia uma música muito esquisita. Já o Waltel falou que essa esquisitice era meu trunfo”, lembra Djavan, que estreou como cantor na trilha de uma novela, ‘Os Ossos do Barão’, já em 1973. A primeira gravação foi um sambão, ‘Qual É’, de Marcos e Paulo Sergio Valle. Até 1975, quando emplacou sua ‘Fato Consumado’, foram dois anos cantando músicas de outros compositores.
Esse lado não-autoral e inicial fica longe do novo show, cheio de sucessos e músicas novas. Nem mesmo o remake recente da novela ‘Gabriela’ o animou a incluir ‘AlegreMenina’, um de seus primeiros hits, de Dorival Caymmi e Jorge Amado. “Achei que foi tocada demais na TV. Seria oportunismo”, acredita.
O cantor remixa e remasteriza faixas para uma caixa de CDs com toda sua obra, que sai em outubro pela Sony — incluindo um CD com raridades e músicas em inglês e espanhol. Os boatos de que estaria com Mal de Parkinson, ele diz, não o fizeram correr para o médico. “Minha saúde é ótima! Ter saúde é fundamental, porque são muitas famílias que dependem do meu trabalho”.