Rio -  Usado para evitar convulsões, minimizar a ansiedade e controlar a tensão, o medicamento Rivotril é o que mais pode encarecer entre os remédios mais vendidos do Brasil. Além dele, o Glifage, para o controle da diabetes, e o Engov, que reduz os sintomas da ressaca, também dividem a liderança dos produtos populares que terão reajuste de preço de até 6,31%, aumento máximo para os medicamento, conforme autorizado ontem oficialmente pelo governo.
Os antibióticos só devem ser usados em casos de infecções mais sérias | Foto: Banco de imagens
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Do teto válido até o último dia 31 de R$ 4,58 para versão de menor concentração (0,25 miligrama) de Rivotril, o consumidor deve encontrar o mesmo produto nas farmácias do Rio por até R$ 4,87.
A diferença está nos centavos, mas pode ser mais significativa em outros casos. Ainda que seja vendido em embalagens com duas pílulas para o consumidor final, o Engov é tabelado por caixa. Cada uma é composta por 150 kit. Com o reajuste, o preço máximo sai dos R$101,45 para R$ 107,85.
Outros como Neosoro, Puran T4, Microvlar, Buscopan Composto e Dorflex, que compõem a lista dos mais vendidos e ano passado tiveram reajuste negativo de 0,25%, a partir de agora estão liberados para aumento de até 2,7%.
Consumidores lamentam
Os consumidores já se prepararam para um considerável impacto nas contas domésticas em virtude do reajuste dos remédios. “Vai pesar bastante no orçamento. Tomo remédios para pressão e tireoide, então vai ser um gasto a mais no fim do mês”, afirma a psicoterapeuta Adriana Montheiro, de 64 anos.
O gasto será grande para o bolso do consumidor.  “Meu marido tem problema renal e toma 10 remédios por dia. Meu gasto é muito grande. Vai impactar muito”, completa Elaine Fontes, 37, gerente de loja.