Em sua terceira vez no Rio, líder do The Cure, quer três horas e meia de show
POR KAMILLE VIOLA
Músico se apresenta no Rio | Foto: Divulgação
O vocalista adota o visual até em seu dia a dia. “Sou casado com alguém que gosta de mim maquiado, seria burro se não andasse assim”, conta ele sobre Mary Poole, sua mulher desde 1988. “Além disso, só tenho uma camiseta roxa e outra verde. O resto é tudo preto. E não faço nada no cabelo, só não penteio”, jura.
Embora o clima melancólico de grande parte das músicas do grupo inglês seja adorado pelos fãs, ele garante que a tristeza não é a marca da banda. “Acho que as melhores canções são as mais tristes, mas o The Cure não seria o que é sem as felizes. A alternância entre luz e escuridão é o que faz o grupo”, diz. “E se você perguntar às pessoas na rua que músicas nossas elas conhecem, elas vão dizer ‘Boys Don’t Cry’, ‘Lovecats’, ‘Close to Me’, ‘Inbetween Days’, que são músicas felizes”, enumera.
Recordações das terras brasileiras
Em sua terceira turnê com o The Cure pelo Brasil, Robert Smith lembra as passagens anteriores pelo país. “A primeira vez, em 1987, foi louca: vimos fãs histéricos aí e foi uma surpresa. Precisou disso para a gente se dar conta de que era muito popular”, conta.
“Na segunda (em 1996, no festival Hollywood Rock), eu estava muito doente. Eu me senti mal no avião e continuei me sentindo depois. Não gostei muito do show, fiquei frustrado por não me sentir bem o suficiente. A gente andou um pouco pelo Rio, filmamos na praia, mas eu estava me sentindo tão lixo! Agora vai ser muito melhor: somos uma banda melhor e temos músicas melhores”, diz.
Sobre a demora para voltar ao país, ele afirma não ter explicação. “Nos próximos meses vamos passar por países onde nunca estivemos, como Paraguai, Chile, Peru. Não sei, parece muita burrice, já que o The Cure é muito querido em geral na América Latina. Mas a gente não deve demorar tanto da próxima vez”.
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