Rio -  Embora o reajuste ainda não tenha sido liberado pelo Ministério  da Saúde, as farmácias encontraram um jeito para reajustar os preços dos medicamentos sem desrespeitar a lei. E o simbólico Viagra, pílula usada por homens no tratamento da disfunção erétil, reflete bem essa estratégia de elevar preços, que consiste em reduzir os descontos de promoções e trabalhar com o preço mais próximo do atual teto das tabelas de valores.
Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia
Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia
“Eu não sei dizer quanto, mas sei que aumentou um pouco o preço recentemente”, indicou balconista que não quis se identificar de uma loja no Centro, que pertence a maior rede de farmácias do Rio. Segundo ela, o medicamento em sua composição de 25 miligramas na caixa com 4 pílulas custava de de R$ 55 a R$ 58. Ontem, valia saia a R$ 62. “O desconto dele para quem é cliente está mantido, mas o preço subiu sim”, completou.
Em outra farmácia, O DIA identificou o preço de R$ 67, valor que bate justamente no atual teto do governo para o produto. “Aumentei o preço por que ele já está chegando mais caro para mim. Antes pagava até R$ 52. Agora está na casa de R$ 55. Aumentei, mas ainda não posso passar o teto”, explica o gerente de uma drogaria na Lapa, que pediu para não ser identificado.
Procurada, a Pfizer, fabricante do Viagra, não confirmou se já aumentou o preço. O reajuste, que deve ser liberado na revista do Ministério da Saúde nos próximos dias, pode chegar a 6,18%.