Rio -  O combate ao câncer infantojuvenil no país muito vem evoluindo. Mas ainda é assunto que deve estar na pauta da sociedade. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que a doença é a que mais causa mortes na faixa etária entre 5 e 19 anos. Por outro lado, nos últimos anos, o diagnóstico precoce tem sido a palavra-chave. Até 85% dos casos confirmados poderiam ser curados se encaminhados nos estágios iniciais. E este tem sido um dos nossos principais compromissos.
O Programa Diagnóstico Precoce foi criado pelo Instituto Ronald McDonald em parceria com o Inca e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica justamente para estimular a estruturação da rede de atenção oncológica. São realizadas ações de análise da situação local, articulação com o gestor SUS e oficinas que discutem casos reais em sala de aula com as equipes da Estratégia Saúde da Família, do Ministério da Saúde.
No fim de 2012, concluímos em parceria com o Instituto Fernandes Figueira estudo para avaliar o impacto do programa. A notícia não poderia ser melhor: houve aumento da taxa de detecção dos casos suspeitos e redução do tempo para chegar ao diagnóstico e tratamento.
É preciso ressaltar que, independentemente do momento do diagnóstico, os cuidados durante todo o tratamento são essenciais. É fundamental contar com instituições que acolhem crianças e adolescentes em tratamento, oferecendo conforto e carinho, remédios essenciais para a cura. Atualmente o Instituto conta com rede de 76 instituições que tem esta tarefa.
E isto não seria possível sem solidariedade. Em 2012, conseguimos arrecadar valores substanciais por meio de doações em cofrinhos, eventos e, sobretudo, com a campanha McDia Feliz, uma das maiores no mundo. Em 2013, queremos mais. O sonho é erradicar o câncer infantojuvenil. Com o esforço da sociedade, não é impossível. Basta ampliar a corrente da solidariedade e continuar com o carinho e a atenção que nossos pequenos merecem.
Francisco Neves é superintendente do Instituto Ronald McDonald