Rio -  Não se espante se, no cinema, você olhar para o lado e se deparar com alguém confessando a aflição diante das cenas de suspense: há os que tapam o rosto, fazem careta ou até mesmo soltam gritos abafados. Não é para menos. Estrelado por Halle Berry, ‘Chamada de Emergência’ (‘The Call’) — que estreia hoje no Brasil — é de tirar o fôlego.
Suspense para tirar o fôlego | Foto: Divulgação
Suspense para tirar o fôlego | Foto: Divulgação
Orçado em US$ 13 milhões  (cerca de R$ 26 milhões), o longa, dirigido por Brad Anderson, traz uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood no papel de Jordan, operadora do 911 (serviço de emergência dos Estados Unidos) que não mede esforços para salvar a vida de Casey (Abigail Breslin), jovem sequestrada por um psicopata. Como não é possível localizar o celular da garota através do GPS, o resgate se torna uma missão quase impossível.
Em uma atuação brilhante, Halle — que chegou a visitar um centro de operações para se preparar para o papel — é a grande responsável por catalisar todo o clima de tensão da trama. E consegue fazer isso apenas sentada na cadeira e falando ao telefone. “Os filmes de suspense sempre foram uns dos meus favoritos”, comentou a estrela em visita ao Brasil.
Mas, ainda que o longa cumpra a missão de deixar o espectador em estado de apreensão, vai além dos limites da verossimilhança o excesso de protagonismo de Jordan na operação. Quando ela sai do centro de atendimento e toma para si uma função que seria da polícia, fica evidente que o roteiro forçou a barra para a construção da imagem de heroína.