Rio -  Não foi fácil para idosos e gestantes que queriam se vacinar contra a gripe encararem as filas que se formaram nesta quarta-feira pela manhã nos postos de saúde, após o feriado prolongado. Por causa do ponto facultativo da segunda-feira, a campanha de vacinação foi prorrogada até o dia 10 de maio, para todo o país.
Em Botafogo, a aposentada Júlia Campos, 70, deu com a cara na porta quando foi tomar a vacina no início da semana. “No meio da campanha o posto fecha? Não abriu sábado, domingo, segunda e terça. É um absurdo”, protestou.
Outro aposentado, Ênio Prício, 72, sofreu com o mesmo problema. “A gente paga imposto e não abrem o posto”, disse o idoso, que tentou se vacinar em Copacabana, mas desistiu de esperar na fila.
O posto em Copacabana, quem queria se vacinar teve que esperar um bom tempo e enfrentar filas grandes | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
O posto em Copacabana, quem queria se vacinar teve que esperar um bom tempo e enfrentar filas grandes | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
A advogada Cláudia de Paiva Leite, 47, perdeu dois dias de trabalho para acompanhar os pais idosos, que sofrem com dificuldade de locomoção, a um posto em Copacabana.
“Chegamos meio-dia e ainda estava cheio, com uma desorganização imensa”. Até agora, da meta a ser batida pelo Estado, apenas 26,5% foram alcançados. O público-alvo chega a quase 3 milhões, mas só pouco mais de 780 mil doses foram aplicadas.
A campanha começou dia 15 deste mês. No estado, 1.500 postos atendem a populaçãoque compõem o grupo de risco, formado por pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto, população carcerária, profissionais de saúde e doentes crônicos.