Rio -  A Baixada Fluminense vive situação de emergência na segurança pública. Nos 13 municípios da região, existe hoje déficit de quatro mil PMs, o que prejudica o policiamento ostensivo e deixa a população intranquila. As mulheres estão entre as principais vítimas da violência, seja por conta de estupros ou de lesões corporais.
Os homicídios também estão em alta. Segundo o Instituto de Segurança Pública, a Baixada registrou em janeiro o maior número de assassinatos no estado: 139 pessoas foram mortas na região, 61% a mais que no mesmo mês de 2012. Somente a área da 56ª DP (Comendador Soares) registrou 100% de aumento dos homicídios em janeiro. Foram 14 mortes no período. Em números absolutos, Belford Roxo foi o município campeão na estatística de mortes: 25 assassinatos em janeiro.
Como se não bastasse, nenhum dos batalhões da PM na Baixada atingiu em 2012 as metas de redução de letalidade violenta, roubo de carro e assalto. Essas trágicas estatísticas motivaram a Comissão de Segurança Pública da Alerj a convocar audiência pública amanhã, em São João de Meriti, para debater os problemas e as soluções no enfrentamento à violência na Baixada. Prefeitos, deputados, vereadores e autoridades de segurança vão estreitar a parceria para conter a criminalidade na região.
Entre as propostas que serão debatidas está o aumento do efetivo de policiais civis para atuar nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher. Eles seriam contratados pelo Regime Adicional de Serviço, trabalhando em horários de folga. Também é preciso abrir concurso para contratação de PMs na Baixada. Não há fórmula pronta nesta luta, mas cada um precisa fazer sua parte. Estado, prefeituras e a população devem unir forças na tarefa de reconquistar a paz na região. A hora é agora.
Líder do PSD na Alerj e presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia