Juíza nega pedido de adiamento do julgamento de Bola
POR VANIA CUNHA
Os três defensores passaram boa parte do primeiro dia do julgamento dele, no Fórum de Contagem (MG), questionando provas do processo e usando manobras para adiar novamente a sessão, remarcada desde novembro.
Mas a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues bateu o martelo: indeferiu os pedidos da defesa, alegando que todos as questões estavam "ultrapassadas".
Bola é por cercado por advogados, que garantem: ele não confessará | Foto: João Godinho / O Tempo / Agência O Dia
No júri, o advogado Ércio Quaresma, mais uma vez, interpretou papel polêmico: o defensor usou de todos os artifícios para atrasar os trabalhos. O julgamento, que começou 1h30 após o previsto, somente às 15h20 teve escolhido seu conselho de sentença, formado por quatro homens e três mulheres.
Quaresma fez longas preliminares, travou discussões com o promotor Henry Vasconcelos e expôs em plenário objetos que causaram estranheza aos jurados.
Mas o principal recurso da defesa é questionar o inquérito policial. Quaresma chegou a dizer que o procedimento era uma fraude e confrontou a primeira testemunha, a delegada Ana Maria dos Santos, que participou da investigação, indagando o porquê de o policial civil José Lauriano, o Zezé, não ter sido indiciado.
Zezé está sendo investigado à parte. As investigações apontam que Zezé fez diversas ligações para os acusados na época da morte da ex-modelo, além de ter se comunicado e emprestado dinheiro a Bola no dia do crime, 10 de junho de 2010.
Bola chegou a acompanhar parte do julgamento na sala do júri e escreveu bilhete que foi entregue à defesa. A filha dele, Middian Kelly, chegou ao Fórum usando camisa com foto de rottweilers. Em uma versão do caso, partes do corpo de Eliza teriam sido servidas aos cães.
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