Rio -  Por maioria esmagadora de votos, os desembargadores do Órgão Especial, do Tribunal de Justiça (TJ) decidiram aposentar compulsoriamente — maior punição administrativa na magistratura — o juiz Rafael de Oliveira Fonseca.
Ele estava afastado desde o ano passado, quando o então titular da Vara Única de Mangaratiba foi acusado de autorizar ilegamente escutas telefônicas e depois destruir o conteúdo das gravações.
Também de repassar para assessores armas, carros e celulares apreendidos em ações policiais e receber propina para conceder alvarás de soltura a milicianos de Itaguaí, onde atuou como juiz criminal.
Curiosidade do crivo
Dois desembargadores acharam que apesar das acusações, Rafael só deveria receber uma censura. Traduzindo o jurisdiquês, um puxão de orelha. Para a presidente do tribunal, Leila Mariano, cada caso é um caso, mas a corte não tolera os graves. Rafael receberá salário proporcional da aposentadoria compulsória e tem que prestar contas na esfera criminal.