Venezuela -  Nicolás Maduro e Henrique Capriles participaram de atos públicos nesta quarta-feira para encerrar suas campanhas visando a eleição presidencial do próximo domingo na Venezuela. Maduro fez comício na cidade de Valera, no Estado de Trujillo, enquanto Capriles mobilizou partidários em Mérida.
Capriles liderou um ato em Mérida nesta quarta-feira para encerrar a campanha visando a eleição presidencial do próximo domingo | Foto: EFE
Capriles liderou um ato em Mérida nesta quarta-feira para encerrar a campanha visando a eleição presidencial do próximo domingo | Foto: EFE
O candidato opositor disse que nas próximas horas aumentarão os rumores e serão geradas campanhas do governo para que os eleitores sintam medo. "Agora, nestas próximas horas, os senhores vão ver como vão aumentar os rumores e vão começar a gerar campanhas para que as pessoas comecem a sentir medo", denunciou Capriles.
Durante um ato de campanha no Estado de Mérida, o líder opositor lembrou que faltam apenas quatro dias "para o novo amanhecer" e para "anunciar que há um novopresidente" na Venezuela. "Nós precisamos ser firmes, aqui ninguém pode sentir medo, aqui o que temos que fazer é fortalecer a nossa fé, nossa esperança e no domingo, demonstrar a coragem de Mérida e da Venezuela", apontou o candidato de 40 anos.
Capriles formulou a declaração horas depois do presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, denunciar no canal do Estado que a oposição está desenhando um plano para não reconhecer os resultados das eleições de domingo.
O candidato chavista adotou o passarinho como um dos símbolos de sua campanha. Há alguns dias, ele ganhou as manchetes após dizer que Chávez apareceu em forma de uma ave e o abençoou | Foto: EFE
O candidato chavista adotou o passarinho como um dos símbolos de sua campanha. Há alguns dias, ele ganhou as manchetes após dizer que Chávez apareceu em forma de uma ave e o abençoou | Foto: EFE
Cabello advertiu que "eles (oposição), sabendo que vão perder, se preparam para não reconhecer o triunfo" do presidente encarregado e candidato chavista, Nicolás Maduro. Cabello disse que o partido Primeiro Justiça, ao qual Caprilles pertence, e uma organização que se apresenta como defensora do voto na Venezuela, chamada "Esdata", se uniram para desobedecer o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Por sua vez, Maduro reiterou em seus últimos discursos de campanha que há um plano para desestabilizar o país e sabotar as eleições e denunciou que um suposto grupo de mercenários pagos pela "direita salvadorenha" e associados com a oposição pretende cometer homicídios na Venezuela, incluindo o seu.
Capriles afirmou hoje que há muitos projetos que o Governo não concluiu no estado Mérida como um hospital, uma estrada e casas e advertiu a seus seguidores que não devem crer que agora cumprirão com o prometido. "Sabemos que há muitos problemas e que todos esses problemas se agravaram nos últimos dias", apontou.
Os venezuelanos estão convocados para novas eleições no próximo domingo para escolher o sucessor do falecido governante Hugo Chávez, em um processo no qual concorrem sete candidatos, e Maduro e Capriles lideram as pesquisas de intenções de voto.


As informações são da EFE