Rio -  A indústria automobilística comemorou a manutenção das alíquotas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo inédito período de 9 meses, até 31 de dezembro. A medida foi oficializada ontem pelo Ministério da Fazenda no Diário Oficial. Segundo fabricantes, o prazo permitirá que mais promoções sejam feitas para o consumidor e favorecerá a competitividade para atingir a meta de 4,5% de expansão em 2013. As montadoras esperam reverter o tímido crescimento de 2,1% nos três primeiros meses do ano, em comparação a 2012.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o apoio do governo — que manteve a alíquota de IPI entre 2% e 8%, abaixo da previsão de 3,5% para os veículos de entrada de até mil cilindradas e 10% para os carros maispotentes, entre mil e 2 mil cilindradas — reforça a projeção de que 3,9 milhões de unidades serão fabricadas até o fim do ano, entre carros leves e veículos pesados.
Competitividade do setor deve aumentar até o fim do ano a clientela, hoje tímida, nas concessionárias | Foto: Divulgação
Competitividade do setor deve aumentar até o fim do ano a clientela, hoje tímida, nas concessionárias | Foto: Divulgação
Duas das principais montadoras do país reforçaram a expectativa de intensa competitividade do até o fim do ano. “A decisão do governo de prorrogar a redução do IPI até dezembro de 2013 é muito favorável, pois dá ao consumidor a possibilidade de programar a aquisição do automóvel, ampliando, dessa forma, a competitividade entre as empresas do setor automotivo”, informou a Fiat, por meio da assessoria.
Na mesma linha, Rogelio Golfarb, vice-presidente de Assuntos Corporativos da Ford na América do Sul acrescentou: “A decisão de manter a alíquota de IPI reduzida até dezembro é muito importante para que se possa atingir a meta de crescimento de 3,5% a 4,5%”.
Linha branca deve seguir com redução
Depois da indústria de automóveis, o governo federal deve agora contemplar setores que produzem móveis e eletrodomésticos (a chamada linha branca) com nova prorrogação de alíquota reduzida do IPI.
O governo anunciou no fim do ano passado a retomada gradual da tributação, que em junho retornariam ao patamar base (hoje, a alíquota que incide em fogões e geladeiras, por exemplo, é a metade do valor normal). A expectativa é manter os atuais valores até o fim deste ano.