Rio -  Nos últimos anos, o país avançou em conquistas civis, sociais e políticas. Mas ainda há um longo caminho a percorrer. Apesar de gerações terem lutado por liberdade e por um Estado Democrático, ainda é possível encontrar um sem-número de pessoas avessas às questões políticas. Creio, no entanto, que esses grupos estejam desiludidos com o modo de se fazer política.
Com as eleições municipais de 2012, começamos o ano com um novo ciclo legislativo no país. Ciclo, aliás, que é o mais importante do ponto de vista da administração pública, pois são prefeitos e vereadores que estão diretamente ligados aos problemas do dia a dia das cidades e dos cidadãos. Ou seja, a política — certa ou errada — é refletida em nossa vida cotidiana.
Em tese, os espaços vazios são ocupados por aqueles que não têm apreço ao bem público. Portanto, politizar-se é uma das formas de lançar luz sobre o que nos cerca. Se a política chegou ao estágio de afastar os verdadeiros protagonistas desse processo — o cidadão —, é hora, então, de mudar. É hora de ultrapassar o limite da má-vontade e superar o que está equivocado ou errado.
A política não é apenas aquela dos acordos espúrios e da corrupção. Não! Ela é também a ação comunitária, solidária, administrativa e sustentável. É o que queremos que ela seja, mas, para isso, é fundamental agir, seja individualmente ou coletivamente. Há que se manter a imagem da utopia no horizonte. E como bem definiu o escritor Eduardo Galeano, a utopia serve “para que eu não deixe de caminhar”.
Economista e consultor