Pacientes com dengue esperam horas por atendimento em Niterói e São Gonçalo
UPA de São Gonçalo superlotou com pacientes com sintomas de dengue: quase um dia inteiro para tentar confirmar o diagnóstico | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Idosos e crianças também sofriam. Elenita do Carmo, doméstica, levava a mãe, Maria do Carmo, aposentada, de 65 anos, para ser atendida. “Estou desde as 9h esperando o resultado do exame de sangue. Já são 15h e nada. Além disso, foi difícil conseguir alguém para dar soro.” Já Helen Sabino, 28 anos, acompanhada de seus três filhos, esperava o atendimento da filha, Joyce, desde as 8h.
A própria unidade, localizada na Rodovia Amaral Peixoto, servia como criadouro para mosquitos da dengue. Próximo à entrada, foram encontrados galões com água parada sem cobertura. A demora no atendimento não era exclusividade do serviço público. Diversos hospitais particulares, em Niterói, não dão vazão à demanda elevada.
A própria unidade, localizada na Rodovia Amaral Peixoto, servia como criadouro para mosquitos da dengue. Próximo à entrada, foram encontrados galões com água parada sem cobertura. A demora no atendimento não era exclusividade do serviço público. Diversos hospitais particulares, em Niterói, não dão vazão à demanda elevada.
Veronica contou que precisou fazer ‘escândalo’ para o marido ser atendido | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
No Hospital de Clínicas Alameda, os pacientes com casos mais leves da doença estavam sendo orientados a fazer a hidratação de casa. “Mesmo sendo uma clínica particular, o atendimento está demorando”, conta Marcos Souza, 38.
“Pessoas chegando sem parar e quatro horas de espera” - Maria Inez Magalhães, jornalista do DIA
Com sintomas de dengue, segunda-feira à noite procurei a Emergência de dois hospitais particulares em Niterói, mas elas estavam tão lotadas que não aguentei esperar. Voltei a um deles no dia seguinte, achando que fosse estar mais vazio por ser mais cedo, mas me enganei. O setor continuava lotado. Parecia Emergência de hospital público. Sem ter opção, esperei. Era tanta gente para ser atendida que o tempo de espera entre o atendimento na recepção e o diagnóstico foi de quatro horas. Enquanto esperava, via dezenas de pacientes saindo dos consultórios segurando a guia de exame de sangue. E durante esse período, mais e mais pessoas iam chegando à Emergência, entre elas crianças. Hoje (ontem), dois dias depois, voltei ao mesmo hospital para refazer o exame de sangue, e a situação era a mesma: Emergência lotada, pessoas chegando sem parar e as mesmas quatro horas de agonia. Isso porque tenho plano de saúde. Imagina quem depende dos hospitais públicos!
Com sintomas de dengue, segunda-feira à noite procurei a Emergência de dois hospitais particulares em Niterói, mas elas estavam tão lotadas que não aguentei esperar. Voltei a um deles no dia seguinte, achando que fosse estar mais vazio por ser mais cedo, mas me enganei. O setor continuava lotado. Parecia Emergência de hospital público. Sem ter opção, esperei. Era tanta gente para ser atendida que o tempo de espera entre o atendimento na recepção e o diagnóstico foi de quatro horas. Enquanto esperava, via dezenas de pacientes saindo dos consultórios segurando a guia de exame de sangue. E durante esse período, mais e mais pessoas iam chegando à Emergência, entre elas crianças. Hoje (ontem), dois dias depois, voltei ao mesmo hospital para refazer o exame de sangue, e a situação era a mesma: Emergência lotada, pessoas chegando sem parar e as mesmas quatro horas de agonia. Isso porque tenho plano de saúde. Imagina quem depende dos hospitais públicos!
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