Rio -  Com 22 indústrias em funcionamento e outras 18 em processo de instalação, Queimados comemora ascensão econômica jamais vista. E a promessa de inauguração do Arco Metropolitano faz o município sonhar com dias ainda melhores. Segundo o prefeito Max Lemos, a cidade recebeu nos últimos quatro anos nada menos do que R$ 1 bilhão em investimentos privado e caminha para receber mais R$ 500 milhões até 2016.
Há quatro anos, o município contava com apenas sete fábricas em seu Distrito Industrial. Hoje, são 40. O complexo fica às margens da Rodovia Presidente Dutra e a seis quilômetros do traçado do Arco, que ligará o Porto de Itaguaí ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí.
De acordo com o prefeito, as políticas de incentivo foram determinantes para esse “milagre” econômico. Uma delas foi a lei estadual que reduziu o recolhimento do ICMS — passando de 19% para 2%. Outras medidas foram a redução do Imposto Sobre Serviço (ISS), que passou de 5% para 2% e o prazo de pagamento do IPTU, com a oferta de isenção durante o período de 10 anos.
Distrito Industrial de Queimados tinha sete empresas há quatro anos e hoje já soma 40, graças aos incentivos fiscais | Foto: Divulgação
Distrito Industrial de Queimados tinha sete empresas há quatro anos e hoje já soma 40, graças aosincentivos fiscais | Foto: Divulgação
“É melhor você ter 2% de muito, do que 19% de nada. Você atrai para a cidade uma receita que não existia antes, quando a empresa precisava ter um número mínimo de funcionários para receber a isenção. Isso dificultava o acesso das pequenas empresas. Agora, todas que chegarem ao município, terão acesso ao benefício”, afirma Max Lemos.
Com o desenvolvimento industrial, já foram gerados 3.140 empregos, a maioria para técnicos nas áreas de construção civil, alimentícia e produção. A expectativa é que até o fim do ano sejam oferecidos 8 mil empregos. “Fizemos uma parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego. Estamos formando mais de 1.400 pessoas nos cursos profissionalizantes do programa Pro-Jovem Trabalhador”, diz Max.
Empresa vai instalar na cidade um complexo ferroviário logístico
O prefeito de Queimados, Max Lemos, assina quinta-feira, no Palácio Guanabara, um protocolo de intenções com o presidente da MRS, Eduardo Parente e o governador do Rio, Sérgio Cabral, para a construção do primeiro complexo ferroviário logístico do estado.
A previsão é que o polo seja construído a oito quilômetros da Rodovia Presidente Dutra e a dois quilômetros do Arco Rodoviário Metropolitano. O investimento será de R$ 100 milhões. O projeto prevê ainda a criação de 400 empregos diretos. A nova malha ferroviária começa a ser construída em 2014, com previsão de inauguração em 2015.
O transporte de minério é o carro-chefe da MRS Logística. Com o terminal, a empresa pretende também transportar roupas e alimentos. O prefeito Max Lemos espera que a instalação do complexo ferroviário ajude a gerar mais empregos na cidade. Ele disse que a chegada do Arco Metropolitano foi determinante para a instalação do polo.
Estimativa da MRS Logística é que sejam gerados 300 empregos diretos e centenas de indiretos
Ao decidir pela implantação do complexo ferroviário logístico em Queimados, a MRS considerou Queimados como ponto importante na distribuição de mercadorias para o restante do país e o exterior. A estimativa é que sejam gerados 300 empregos diretos e centenas de empregos indiretos.
A proximidade com o Arco Metropolitano também pesou na decisão dos empresários. O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que vai construir uma alça que ligará o complexo ferroviário até o Arco Metropolitano.
O terreno já foi adquirido pela empresa, que calcula que as obras comecem em 2014, após cumprida a etapa de licenciamento do empreendimento. A previsão de funcionamento é em 2015, junto com o Arco.
A MRS, cuja malha ferroviária corta os estados de Minas, Rio e São Paulo (daí a sigla MRS) e desemboca nos portos de Santos e do Rio de Janeiro, Itaguaí e Guaíba, espera, com a diversificação, incrementar seus negócios.