Rio -  Mulheres à beira de um ataque de nervos — e, muitas vezes, não só à beira. Esse é um dos ingredientes do reality show ‘Dance Moms’, que estreia hoje, às 22h, no canal Bio (250 da Sky). No programa, a coreógrafa americana Abby Lee treina as alunas mirins da escola de dança que leva seu nome para participar de competições nos Estados Unidos. Mas, para isso, tem que lidar com as mães das meninas, o que é muito difícil.
“Essas mães questionam cada movimento que eu faço. Questionam a roupa, a coreografia, a música, tudo. Porque elas não têm nada melhor para fazer”, alfineta Abby. “Acho que o sucesso do programa é porque é real, verdadeiro. E essas mães são piores por trás das câmeras do que são na frente”, jura a professora.
Abby Lee (de preto) ensina as alunas Brooke e Paige sob o olhar atento da mãe das meninas, Kelly Hyland | Foto: Divulgação
Abby Lee (de preto) ensina as alunas Brooke e Paige sob o olhar atento da mãe das meninas, Kelly Hyland | Foto: Divulgação
Entre os conflitos, está a vontade de cada uma de que sua filha tenha mais destaque. “Vamos encarar a realidade. No início, todas elas tinham ciúmes da Maddie. E agora, três anos depois, as mães das outras continuam com ciúme dela”, opina Abby. Maddie é a dançarina-estrela do grupo. No quarto episódio, ganha dois solos, enquanto as outras bailarinas ganham um cada. Isso deixa Christi Lukasiak, mãe da aluna Chloe, furiosa, o que termina em uma grande briga.
Mas não que Abby leve desaforo para casa: um dos slogans da coreógrafa no programa é “Quem não chora, não ganha”. “Isso quer dizer que, se você não é apaixonado por isso (dança), se não ama, e se não está disposto a segurar essas lágrimas, não vale a pena. Para ser vitorioso, para ganhar, para alcançar o topo da pirâmide, você deve estar disposto a sacrificar tudo. É sobre isso que o programa fala”, garante ela.
As constantes brigas e o jeito severo com as alunas faz com que ela muitas vezes seja alvo de críticas nos Estados Unidos, onde a atração já está na terceira temporada. “Olha, eles filmam trinta horas para ter as imagens para o programa. São três câmeras, e três horas em cada. Quando eu falo com as crianças pela primeira vez, sou doce e boa. Estou só começando o meu dia, são 16h30, todo mundo está feliz. Às 21h30, se elas ainda estão cometendo o mesmo erro, para mim já deu”, diz. “Além disso, dentro do estúdio, o pé-direito é alto, a música está nas alturas... Então parece que estou sempre gritando, mas, se eu não gritasse, elas não ouviriam as correções nas músicas”.
A estreia dos novos episódios é sempre aos domingos, mas o canal reprisa o programa às segundas-feiras, às 14h, aos sábados, às 13h e aos domingos, às 15h.