São Paulo -  O Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito para apurar os danos ambientais causados pelo vazamento de óleo combustível na cidade litorânea de São Sebastião. A decisão veio um dia depois de a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) multar a Petrobras em R$ 10 milhões e fez voltar à tona, nas redes sociais, a acirrada polêmica em torno da redistribuição dos royalties do petróleo. No Facebook, uma foto de um acidente ambiental em uma região não identificada provoca na legenda: “Os estados não produtores de petróleo querem dividir isso também?”
A foto foi postada por Kenny Pires Mendes, canadense naturalizado brasileiro que foi eleito vereador de Santos, também no litoral de São Paulo, ano passado. A postagemtrazia um link para outra página, assinada pelo “Grupo de Resgate de Fauna Marinha — Derramamento de Combustível em São Sebastião/SP”, e, a partir, dela, milhares de internautas passaram a protestar contra a Petrobras e a se mobilizar para tentar ajudar a população e a fauna das dez praias atingidas pelo desastre em São Sebastião e as quatro em Caraguatatuba.
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, afirmou ontem que vai recorrer da multa imposta pela Cetesb e que o vazamento corresponde a 22 barris de óleo — cada um tem, em média, 160 litros.